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Lucarelli recorda estreia nervosa na seleção brasileira


vôlei lucarelli brasil e polônia liga mundial (Foto: Agência EFE)

Aquela camisa amarela parecia mais pesada do que o normal. A respiração também estava diferente. Era dia de estreia como titular da seleção, numa Liga Mundial que não contaria mais com Giba, o que faria com que os olhos da torcida se voltassem naturalmente para ele. Apesar do nervosismo que sentiu e que não esquece até hoje, Ricardo Lucarelli passou bem por sua primeira prova de fogo. Deixou a partida contra a Polônia com 17 acertos, suficientes para colocá-lo no posto de maior pontuador. Um ano depois, em sua terceira participação na competição, o ponteiro de 22 anos acredita que, com a ansiedade sob controle, poderá ajudar ainda mais a equipe. Em busca de seu 10º título na competição, o Brasil inicia a campanha em Jaraguá do Sul (SC) contra a Itália, nesta sexta-feira, às 14h45. O segundo jogo será no sábado, às 10h10.

- Lembro que naquele dia eu fiquei bem nervoso, principalmente no primeiro set. Era contra a Polônia, na casa deles, com ginásio lotado... Foi tenso. Depois fui me soltando. Acho que agora isso vai pesar menos. Já entendi como é o jogo e agora entro em quadra um pouco mais tranquilo. Sei o que consigo fazer. Um fato que aprendi é que, nessa condição, temos que ter mais cabeça para administrar o jogo, já que nem sempre o mais importante é derrubar bola - disse.

Além de ter que dar conta do recado, Lucarelli ainda precisava conviver com as comparações feitas com o campeão olímpico Giba. Bernardinho tentou proteger o então caçula do time. Embora admitisse o grande potencial para se tornar, no futuro, um jogador do quilate de Giba e Nalbert, o técnico pedia paciência. Ressaltava que havia muito caminho pela frente. O pupilo seguia respondendo em quadra e driblando a situação. 

- Não sei se na época que comecei a jogar como titular eu sentia mais expectativa do que pressão. Moleque tem que corresponder, né?  E tinha mais a comparação. E Giba é um cara que ganhou tudo. Mas consegui levar isso da melhor maneira possível. Bernardinho e os jogadores me deram bastante tranquilidade. Isso facilitou as coisas para mim. Eu me sentia mais à vontade para falar e jogar. Fui aprendendo que a última gota de suor tem que ser a do último ponto. Não pode sobrar mais nada. 

E os primeiros adversários do Brasil deverão exigir muito empenho da equipe. Lucarelli espera por seis jogos complicados. Ainda assim, acredita que ele e seus companheiros têm tudo para fazer que o segundo ano de ciclo olímpico seja marcante.      

- A Itália tem um dos melhores times do mundo. A Polônia foi campeã da Liga Mundial de 2012. O Irã tem menos tradição, mas tem uma linha de passe muito boa, saca e defende muito bem. São todos muito fortes. Mas estamos focados na evolução. Nosso grupo começou bem o ciclo. No ano passado, fomos para a final da Liga Mundial (ficaram com a prata), vencemos a Copa dos Campeões. Isso nos mostrou que temos condições e que ainda podemos evoluir bastante. Todos queremos ajudar na conquista do tetra no Mundial da Polônia. E depois vencer as Olimpíadas no Rio seria incrível.


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