Por um lugar na decisão do Mundial de Clubes de vôlei, estarão frente a frente um projeto vencedor de longo prazo e um time formado às vésperas da competição. Assim são Sada Cruzeiro, atual campeão do mundo, e o Al-Rayyan, do Catar, que foi convidado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para disputar o torneio e formou um grupo pouco antes de entrar em quadra. A semifinal entre os dois opostos começa às 20h30, no Ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte.
O Sada Cruzeiro, campeão das quatro competições que disputou na temporada (Campeonato Mineiro, Copa Brasil, Sul-Americano e Superliga), chega à fase final do Mundial pelo terceiro ano consecutivo. O time se orgulha de manter sua base há pelo menos cinco temporadas, sempre comandado pelo argentino Marcelo Mendez. Na etapa de classificação, o time mineiro ganhou dois jogos e perdeu na última rodada para o russo Belogorie Belgorod, campeão europeu.
Já o Al-Rayyan é um 'catadão' unido pouco antes do início torneio. Em seu elenco, conta com dois brasileiros - o levantador Rapha (que estava atuando na Turquia) e o líbero Alan, do Brasil Kirin, de Campinas -, mas também com o central cubano Simon e o ponteiro búlgaro Kaziyski, entre outros estrangeiros. Mas, com a qualidade dos jogadores que contratou, a equipe catari terminou com duas vitórias (contra o Trentino e o Esperance, da Tunísia) e uma derrota apertada diante do UPCN, por 3 sets a 2.
A partida, aliás, marcará o encontro entre Rapha e William, do Cruzeiro. Ambos estarão com a seleção brasileira na Liga Mundial, que começa no fim do mês. Contemporâneos, eles brigam pela preferência do técnico Bernardinho para ocupar a vaga de segundo levantador da equipe nacional, junto com o titular Bruninho.
Apesar da falta de entrosamento da equipe adversária, o técnico do time brasileiro, Marcelo Mendez, está preocupado com as armas individuais dos atletas contratados pelos cataris. "É um time que se formou há pouco tempo, mas com grandes jogadores de nível internacional e que jogam muito bem individualmente. Se jogam como um time, ganhando entrosamento, ficam ainda mais fortes. Será um jogo muito difícil."
Rapha, que não escondeu a alegria de estar jogando em casa, admite que o Cruzeiro leva vantagem - o que não quer dizer que será um jogo fácil. "Sem hipocrisia nenhuma, o Sada Cruzeiro está na nossa frente mesmo. Querendo ou não, só estamos juntos há três dias. Não dá para dizer que o nosso time é o pior do mundo, porque não é verdade, mas com certeza a diferença de tempo será levada em conta. Estamos um pouco atrás, mas isso não quer dizer que a gente não vá buscar a vitória."
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