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Fronckowiak deixa Rio de Janeiro e teme por nível da Superliga


Marcelo Fronckowiak esperou até não poder mais. Quando o Rio de Janeiro começou a se esfacelar no meio da última Superliga, ele manteve o posto de capitão de um navio que naufragava. Mesmo com o fim do patrocínio da EBX, o treinador levou a equipe para os playoffs. A esperança de seguir acabou com a incerteza na manutenção do time e com a proposta do Dínamo Krasnodar, da Rússia. Fronckowiak vai embora, mas deixa críticas e dúvidas em relação ao vôlei brasileiro.   

Mais do que a possibilidade do voleibol masculino do Rio de Janeiro perder um clube após três anos e um título nacional que não vinha há três décadas, o treinador se preocupa com o modelo da competição. Para Fronckowiak, a maioria dos clubes encontra dificuldades para atrair investimentos. O que pode comprometer a qualidade da Superliga.   

- Temo pelo nível da Superliga, sim. O voleibol brasileiro é muito forte e tem muita possibilidade de renovação. Porém, merece um campeonato de clubes com uma exposição melhor, com mais competitividade. O valor do nosso produto está ligado aos excelentes trabalhos e resultados realizados pelas seleções masculina e feminina, e só. Os clubes, na grande maioria dos casos, têm dificuldades de investimentos e de durabilidade. Precisamos repensar o modelo - disse. 


Para Fronckowiak, a Confederação Brasileira de Vôlei tem parcela de responsabilidade. Ele acredita que é preciso encontrar um meio termo entre as necessidades dos clubes, dos patrocinadores e da mídia.

- A Copa do Mundo vai acabar e o foco esportivo será para as Olimpíadas. Se nem todos os jogadores da atual seleção brasileira estão empregados, imagina os jogadores de nível médio? Não podemos continuar reféns de projetos de alguns poucos apaixonados. O voleibol de clubes precisa se transformar verdadeiramente em negócio: investimento e retorno. Enquanto isto não acontecer continuaremos a viver de projetos corretos que não se desenvolvem - afirmou.


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