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Centrais da seleção ganham força para o Mundial


Quando a situação começa a ficar complicada, Lucão e Sidão ficam atentos ao chamado de Bruninho. Sabem que serão acionados. Gostam de ser a bola de segurança do levantador. Em boa parte da primeira fase da Liga Mundial, o jogo dos centrais não fluiu como de costume. Os saques não faziam os estragos habituais, os bloqueios não subiam tanto quanto podiam e os ataques também não estavam ao gosto dos dois. Foi preciso ter paciência, até voltarem a crescer exatamente na hora decisiva para o Brasil garantir a vaga na fase final. O momento difícil passou, mas a dupla não esquece dele. Ressalta o poder de superação do grupo e quer que a caminhada no Mundial da Polônia, de 30 de agosto a 21 de setembro, seja mais tranquila. 

lucão volei seleção brasileira (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

- Não queremos voltar a passar por esse sufoco. Acho que o respeito das grandes equipes voltou a existir. O time cresceu conforme teve tempo de trabalho. O começo foi tudo meio atropelado. E, geralmente quando a coisa vai encrespando, a gente se une mais e melhora. Chega uma hora que você nem pensa mais, que está tão no fundo que ou sai de lá ou se afunda mais. Eu passei a assumir mais a responsabilidade, receber mais bolas, o que desafogava um pouco os ponteiros. Conseguimos fazer uma final. Sei que sou uma bola de segurança e que tenho que estar bem todos os jogos. O Bruno sempre usa muito a primeira bola e casou de ter dois centrais que gostam muito de atacar. E o jogo flui bem - afirmou Lucão.

Eleito para o time ideal da Liga Mundial, juntamente com o central americano David Lee, o jogador de 2,09m diz que a seleção não pode se iludir pelo fato de ter voltado a bater a Rússia depois de quase dois anos.

- A gente não pode se enganar. Acho que eles não fizeram uma partida muito boa. Vencemos, assim como também fizemos partidas excelentes contra a Itália. Os Estados Unidos foram a grande a surpresa. Temos que trabalhar, melhorar o saque. Este Mundial é quase tão importante para nós quanto as Olimpíadas. Queremos o tetra, buscar o deca da Liga Mundial no ano que vem e, só depois, pensar nos Jogos de 2016. Temos um clima muito bom dentro da equipe.

Sidão tem o mesmo pensamento. Sabe que diante do equilíbrio não haverá espaço para deslizes na Polônia. 

- Temos convicção de que não podemos dar o mole que demos. Estamos mais sólidos. Na Liga Mundial tivemos uma fase difícil, com pouco tempo de treino e a galera chegando no meio do campeonato, o que não tinha acontecido antes. Mas não perdemos o foco e fomos para a fase final. Não podíamos desistir e todos deram o seu máximo. Ficamos indignados porque perdemos o título, mas serviu de aprendizado e para dar força a mais. A consistência adquirida a equipe não perde mais. Agora, é melhorar daqui para frente. Nosso saque tem que melhorar muito. A gente tem condições de fazer isso funcionar - disse.

Aos 32 anos, o meio de rede comemora a boa sintonia com Bruninho e também com Rapha. E espera que ela funcione bem não apenas no Mundial, mas também nas Olimpíadas do Rio, que aponta com a última da carreira.

- Sempre gostei de jogar com o Bruno e sempre me dei bem com ele dentro e fora de quadra. Temos uma sintonia boa.  Confio nele e também no Rapha, que está chegando e trazendo experiência. Já vivi momentos difíceis na seleção, mas você vai aprendendo e crescendo mentalmente. O pior que posso frisar foi a derrota nas Olimpíadas. Para mim, foi um soco de direita. Fiquei atormentado mais de um mês. E não consegui esquecer ainda. Tenho só mais uma oportunidade de conseguir o que eu sempre quis, que é o ouro olímpico. E vou buscar o que eu sempre quis.




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