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Líberos do Brasil se espelham um no outro no Mundial


O Campeonato Mundial da Polônia representa uma nova fase para a Seleção Brasileira masculina de vôlei na posição de líbero. Se no passado os fãs se habituaram a ver o campeão olímpico Serginho dominar o fundo das quadras, agora pode-se dizer que o posto conta com dois donos pela primeira vez.

Mário Jr. tem 32 anos e 1,92m. Já acumula experiência com a equipe verde-e-amarela e foi campeão mundial em 2010, quando o ex-titular teve que se ausentar por causa de uma hérnia de disco. Sua especialidade? O passe.

Já Felipe, de 24 anos e 1,88m, vive seu ano de estreia. Ele foi convocado pela primeira vez em 2014 e rapidamente ganhou a confiança de todo o grupo. Em quadra, é responsável por defender os potentes ataques adversários.

– Minha defesa e meu passe sempre foram equilibrados. Não tenho preferência por um deles. Esse esquema de revezar com o Mário Jr. aqui na Seleção está me deixando muito feliz – contou Felipe, que era ponteiro até 2007 e tem Serginho como maior referência no esporte.

Em 2010, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) permitiu que as equipes escalassem dois líberos a partir do ano seguinte. A primeira vez que Bernardinho testou o revezamento foi nos duelos da etapa de abertura da Liga Mundial deste ano, em Jaraguá do Sul (SC). O Brasil perdeu duas partidas para a Itália. Mas só agora a estratégia tem sido adotada durante os jogos inteiros.

– Não há concorrência. Pelo contrário. É uma soma de dois fundamentos importantes que estão sendo divididos. Está sendo bom para nós. O Felipe é um garoto novo e que, certamente, vai permanecer aqui por um tempo – afirmou Mário Jr.

Não é só nas funções que eles se diferenciam um do outro. Enquanto Mário Jr. se destaca pelo estilo vibrante, Felipe é calmo. E até nesse ponto, dizem, o rodízio ajuda o time.

– Sou muito vibrante e procuro buscar nele um pouco dessa tranquilidade. Por outro lado, ele tenta se espelhar no meu jeito de ser mais comunicativo e falar mais em quadra. Acho que estamos fazendo um bom trabalho no sentido de um complementar o outro – disse Mário, que reconhece sua maior qualidade no passe do que na defesa.

– Eu tinha revezado antes já nos clubes. A recepção é sim o meu melhor fundamento e acho bom sempre ter o que melhorar. Afinal, é importante evoluir.

O estreante vive uma experiência nova e é só elogios. Ele garante que não se incomoda com o fato de ficar menos tempo na quadra e ter que assistir de fora o companheiro jogar quando os adversários estão sacando.

– Nunca tinha passado por isso em clubes. Aqui na Seleção, foi a primeira vez e estou muito adaptado. Acho que está rendendo bem. Vem funcionando dessa forma. E se está ajudando toda a equipe, fico feliz.

O Brasil encara a Finlândia nesta sexta-feira, às 15h30 (de Brasília), em Katowice, valendo a liderança do Grupo B. A Seleção soma seis pontos, contra cinco da Finlândia.



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