O desabafo de Bernardinho após a final do Mundial masculino de vôlei, no mês passado, na Polônia, pode trazer consequências para o treinador. Segundo o presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), Ary Graça, o técnico da seleção brasileira será julgado e poderá ser punido pelas acusações feitas à entidade internacional em entrevista ao SporTV, depois da derrota do Brasil para a Polônia na disputa pelo ouro.
- O estatuto e o Código de Conduta da FIVB são bem claros: você não pode em hipótese alguma xingar ou falar mal publicamente da Federação Internacional. O tribunal vai julgar diante do relatório do delegado. Vai avaliar se cabem as declarações, se é verdade, se ele tem como provar que a FIVB realmente jogou de meios baixos, conforme ele disse, e quais seriam esses meios baixos – afirmou Ary Graça, ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
As principais críticas de Bernardinho foram sobre o regulamento da competição, a escalação da arbitragem e a postura da Federação Internacional de Vôlei. Ary Graça garantiu que as reclamações do treinador não tem fundamento.
- O jogo foi absolutamente limpo. Não houve qualquer tipo de problema de arbitragem. Com relação ao regulamento, é só ler. O regulamento diz claramente que o anfitrião escolhe aonde jogar e que horas jogar. As reclamações foram em um momento de muito aborrecimento dele. Então, ele colocou para fora a decepção naquele momento e falou aquelas coisas - afirmou o presidente, que agora está acompanhando o Mundial feminino, na Itália.
Segundo Bernardinho, a entidade tomou medidas propositais para desestabilizar o time brasileiro, desde a escalação de árbitros a outras situações para incomodar a delegação. O técnico, porém, fez questão de ressaltar que nada servia como desculpa pela derrota.
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