Winters é uma das armas do Sada Cruzeiro nos playoffs

Ele já rodou o mundo dentro das quadras de voleibol. E depois de jogar em dez países diferentes, escolheu o Sada Cruzeiro para aterrissar no Brasil. Nascido no Canadá, o ponteiro Frederic Winters, capitão da seleção de seu país, chegou ao time celeste nesta temporada e agora disputa seu primeiro playoff de Superliga para tentar ajudar a Raposa a buscar o tricampeonato nacional. Os cruzeirenses disputam a primeira partida da semifinal nesta sexta, 20/03, às 19h, contra o Minas, no Ginásio do Riacho, e Winters é uma das armas do grande elenco de Marcelo Mendez.

Winters em ação nas quartas de final, na vitória sobre o Montes Claros – Foto: Renato Araújo – Divulgação Sada Cruzeiro

No jogo que fechou as quartas de final entre Sada Cruzeiro e Montes Claros, disputado no Norte de Minas, Winters estava no banco de reservas. Mas ainda no primeiro set ele foi acionado pelo treinador e participou ativamente da vitória azul. O ponteiro marcou 12 pontos no jogo, sendo três de bloqueio e dois de saque, e ainda contribuiu bem para a recepção celeste.

"Eu acho que há uma diferença muito grande entre jogar como titular e como reserva. A verdade é que a pressão está sempre muito maior em quem começa o jogo. Como quem está no banco normalmente entra quando alguém está mal ou quando o Marcelo quer mudar alguma estratégia, a pressão acaba sendo menor e você quer entrar bem. Então fiquei muito feliz de poder jogar. Está sendo uma temporada bem diferente pra mim, por não estar no meu melhor momento físico em boa parte da temporada. Por isso entrar em quadra logo nos playoffs, em um jogo tão importante, foi muito bom para poder mostrar ao time que estou à disposição para quando precisarem de mim", contou Winters, que precisou superar lesões durante o ano.

O ponteiro de 1,95m já jogou em grandes centros do voleibol mundial como Itália, Rússia, Alemanha, além de Estados Unidos, França, Áustria, entre outros. E, segundo ele, a estrutura que encontrou no clube está entre as melhores do mundo.

"Antes de vir ao Brasil, esperava uma liga competitiva, mas, sinceramente, não imaginava que seria tanto. Estou muito satisfeito aqui no clube. É tudo excelente, tudo muito profissional. O centro de treinamento é muito bom, a comissão técnica com grandes profissionais e até as viagens são bem organizadas. Confesso que é muito melhor do que eu esperava e, se fosse fazer um ranking com todos os clubes que joguei no mundo, certamente o Sada Cruzeiro estaria no topo da lista", avaliou.

Já adaptado ao país, o capitão da seleção canadense cativa os companheiros pelo bom humor, arrisca algumas palavras em português e compreende um pouco da língua quando está com o grupo estrelado. Mas confessa que não estudou o idioma e pretende fazê-lo no futuro. Quando questionado sobre a comunicação com o treinador, que é argentino, ele demonstra tranquilidade.

"Eu entendo quase tudo o que o Marcelo diz. Afinal, a linguagem do voleibol é universal, é bem simples de entender quando ele passa as instruções, são sempre elementos do jogo, da quadra. Mas se eu não entendo, pergunto a ele novamente ou a algum jogador, todo mundo fala um pouquinho de inglês e estão sempre dispostos a me ajudar", finalizou Winters.

Para os colegas de equipe, a convivência com Winters está sendo muito positiva. Um dos exemplos é o líbero Serginho, que aproveita as conversas com o canadense para aprimorar o inglês. "Antes de ele chegar, a gente já estava conversando por whatsapp e redes sociais. Acho que o nosso contato com ele está sendo bom. Eu estou aprendendo e aprimorando meu inglês a cada dia, pois conversar com alguém que é nativo da língua é muito diferente. E, ao mesmo tempo, a gente procura ajudar o Winters no que ele precisa", disse Serginho.

Página oficial do Sada Cruzeiro



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