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Entrevista com Wallace, do Sada Cruzeiro

JUAREZ RODRIGUES / EM DA PRESS

Chama a atenção o fato de o Cruzeiro chegar à sua quinta final da Superliga Nacional Masculina de Vôlei, com a chance de conquistar o tricampeonato da competição – encara o Sesi domingo, no Mineirinho. O grande segredo do sucesso do time, que também é campeão mundial e bicampeão sul-americano, é o entrosamento, construído ao longo dos seis anos de existência. E um desses jogadores que cresceram com o time e que, para a torcida, é unanimidade como titular, não só da equipe celeste, mas também da Seleção Brasileira, é o oposto Wallace. Ele apareceu como um desconhecido no clube, mas foi evoluindo, a ponto de não só ser convocado para a Seleção Brasileira que foi aos Jogos Olímpicos de Londres'2012 – saiu do Brasil como reserva e tornou-se titular, ajudando na conquista da medalha de prata, da qual ele tem orgulho, assim como da trajetória na equipe mineira. E exalta o fato de ele, o técnico Marcelo Méndez, o levantador William, o ponteiro Filipe, o líbero Serginho e o meio de rede Douglas Cordeiro estarem juntos todo esse tempo.

Conquistas
" Nossa vantagem é estarmos juntos há tanto tempo. Não temos problemas de entrosamento. Vejo outros times mudando muito, juntando jogadores, mas o entrosamento demora, só vem com o tempo. Isso não acontece com a gente. Estamos mais que afinados. Quando acontece uma mudança no nosso time, ela é pequena. Pra você ver, o Leal está aqui há três temporadas. Isac e Éder Carbonera, há duas. Isso é muito bom para qualquer equipe, diria até que é o segredo de todo esse sucesso."

Jogos Olímpicos
"Não acho que esteja garantido na Seleção, nem que seja um nome certo para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio, ano que vem. Penso que tenho de lutar pelo meu espaço. Tenho de trabalhar muito, treinar. Não existe lugar cativo para nenhum jogador. Se pensasse o contrário, não poderia sequer pensar em Seleção."

Mineirinho
"Jogar e decidir no Mineirinho é muito mais complicado do que se pode imaginar. As dimensões do ginásio são diferentes. Temos de treinar lá para pegar as referências. Nunca estaremos acostumados a jogar lá, porque isso acontece muito pouco. Nada é parecido com o que estamos acostumados, o Riachão em Contagem. A gente passa a competição inteira jogando em ginásios menores e depois vai para aquela imensidão. Mas lá temos uma coisa que não temos em outro lugar, que é a torcida, da forma como é. Estamos acostumados com o Riachão, que é um caldeirão. Mas no Mineirinho tem mais gente. A gente sente mais a torcida, que é sensacional, mesmo com os torcedores ficando mais longe."

Sem rixa
"Não existe rixa entre Cruzeiro e Sesi, mesmo com os dois times fazendo a mesma final por três vezes. Eles ganharam a primeira, nós, a segunda. É tira-teima, e claro que queremos ganhar. Mas, se for feita uma análise, os dois fizeram por merecer estar nas três finais."

Adversário
"O Sesi não chegou a essa final por acaso. O time andou meio irregular na fase de classificação, mas mostrou a que veio no mata-mata. Eliminou o Maringá nas quartas, e é difícil jogar lá, e depois passou pelo Taubaté, que foi o segundo na fase de classificação. Vai ser um jogo muito difícil, mais que no ano passado.

Vantagem
"Nós sempre pensamos em ser os primeiros colocados, pois isso era importante para trazer o jogo para Belo Horizonte, para junto da torcida. Conseguimos, o que foi uma vitória, mas falta o principal, a conquista do título, que queremos muito, assim como o torcedor."

Caseiro
"Sou muito tranquilo. Belo Horizonte é uma cidade muito boa, na minha opinião. Não sou de sair de casa. Gosto de ficar sozinho com minha mulher, Mariana. Além do mais, você não tem muitas opções. Em São Paulo, gostava de ir comer tarde da noite. Mas, aqui, bares e restaurantes estão fechando nesse horário. Não me importo, pois sou caseiro. Não penso mais em São Paulo. Já me acostumei aqui. A única coisa que se parece com minha cidade natal é o trânsito, mas isso é ruim em qualquer lugar."

Distração
"A minha diversão, desde que cheguei aqui, são os carrinhos de controle remoto. Sempre foi minha maior diversão. Agora, não estou nem andando mais. Fazia isso com mais frequência quando o Acácio estava aqui. Ele era meu companheiro. Íamos para o Mangabeiras. Lá tem um monte de espaços. A gente bricava com os carrinhos até depois do treino, no estacionamento do Riachão. Mas, hoje, quase não ando."

PERFIL

Wallace Leandro de Souza

• Posição: oposto
• Nascimento: 26 de junho de 1987, em São Paulo
• Peso e altura: 85 kg e 1,98m
• Times: Banespa, Vôlei Futuro e Cruzeiro

Conquistas

• Jogos Olímpicos
. Prata Londres'2012
• Campeonato Mundial
Prata Polônia'2014
• Liga Mundial
. Prata Mar del Plata'2013
. Prata Florença'2014
• Jogos Pan-Americanos
. Ouro Guadalajara'2011
• Mundial de Clubes
. Ouro Betim'2013
. Prata Doha'2012
• Superliga
. 2012 e 2014





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