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Riad brilha no Sesi-SP e vira paredão da Superliga

Paredão do Sesi, Riad para mais um ataque durante o treino da equipe paulista  (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
O tempo fechou de repente. Quando se deu conta, Riad estava no meio de uma tempestade e tinha como única opção enfrentá-la. Com a perda do patrocínio master e os salários atrasados, a equipe do Rio de Janeiro viu seis de seus principais nomes tomarem outro rumo com a Superliga 2013/2014 em andamento. Ao lado dos outros oito que permaneceram, o central decidiu que não poderia ficar em casa, precisava continuar, ir o mais longe que o time pudesse chegar (pararam nas quartas de final). Precisava se manter em atividade para tentar despertar o interesse de alguma equipe na temporada seguinte. Deu certo. O Sesi-SP fez a aposta e ele retribuiu. Virou um dos gigantes da competição, o paredão, e ajudou a equipe paulista a chegar à final.  
Pela primeira vez na carreira, assumiu a condição de líder no fundamento de bloqueio. Só ficou sabendo do feito no fim da fase de classificação, quando foi avisado pelo técnico Marcos Pacheco. Até então, tinha se acostumado a figurar entre os 10 melhores. Abre um sorriso ao lembrar que a concorrência sempre foi intensa, com jogadores do quilate de Gustavo Endres, André Heller e Rodrigão. "Era complicado", como ele faz questão de frisar.
- Todo trabalho que tive no bloqueio vai ter que funcionar como nunca no domingo. Um ponto forte do Cruzeiro hoje é o conjunto. O outro é o ataque. Para passar por eles vamos ter que sacar e bloquear bem. O Leal é para mim o mais difícil para bloquear. Ele tem um ataque alto, forte e busca o fundo da quadra. E quando a bola não passa lisa, ele quebra nossos dedos (risos). Tive um ano abençoado no Sesi depois de ter passado por aquela situação. A gente só tinha a vontade. Fui recompensado por toda a luta que tive. Depois da tempestade veio mesmo a bonança (risos). A estrutura que temos é excepcional e ajudei a equipe a chegar à decisão. Aprendi muito no ano passado e comecei a dar valor a cada jogo e ponto. Passei a não admitir que ninguém ao meu lado dê menos de 100%. Se sinto isso, falo, brigo, mas eles entendem e depois a gente sai para jantar (risos). É tudo pelo bem maior - disse.
É tudo pelo segundo do troféu nacional do time. O que abriu a galeria foi conquistado na edição 2010/2011 exatamente contra o Cruzeiro, dentro do Mineirinho. Aos 34 anos, Riad quer voltar a sentir o gostinho de erguer um troféu. Foi campeão com a Ulbra (2002/2003) e com o Rio de Janeiro (2012/2013). Lembra como se fosse hoje a sensação que sentiu antes daquele jogo no Maracanãzinho.
- Eu tinha voltado da Itália depois de cinco anos e fiquei muito nervoso porque sou carioca, ia jogar uma decisão em casa, diante de toda a minha família e amigos. Amigos que jogaram comigo no cimento da pracinha em frente a minha casa, que tentaram seguir carreira e ficaram pelo caminho. Então, era uma coisa que devia a eles. Eu não sabia quando teria uma outra oportunidade de ganhar um título dentro do Maracanãzinho.
Não teve mais. Mas contas horas para entrar logo em quadra e escrever uma história com final feliz no Mineirinho. Para isso, sabe que ele e Lucão terão de fechar a porta para os poderosos ataques dos anfitriões.
- Ele teve um papel importante nas quartas e nas semifinais. Num jogo marcou 11 pontos de bloqueio (aparece em quinto lugar nas estatísticas). A nossa parceria foi boa na época do Rio de Janeiro e está sendo boa nesta temporada também.


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