No duelo entre as maiores potências do vôlei feminino mundial na atualidade, venceu quem estava com a equipe completa e jogando diante de sua apaixonada torcida. As americanas souberam fazer um jogo quase perfeito diante da desfalcada seleção brasileira, dividida entre o Grand Prix e o Pan de Toronto, e venceram neste sábado por 3 sets a 0 (25/16, 25/22 e 25/21) para conquistarem, com uma rodada de antecipação, o título da edição de 2015 da competição anual, no Century Link Center, em Omaha (EUA).
Desde 2008 é assim. Brasil e EUA se revezam no alto do pódio. Nos últimos dois anos tinha dado a seleção brasileira, após três conquistas seguidas das americanas. As atuais bicampeãs olímpicas, que buscavam o 11º título do Grand Prix para aumentarem sua hegemonia na contenda, viram as atuais campeãs mundiais levantarem o sexto caneco em 23 edições do torneio que reúne a nata do vôlei feminino.
- É triste, o campeonato nem acabou e elas já são campeãs. Não conseguimos evitar isso, elas foram velozes e mereceram vencer - afirmou Dani Lins.

Com a quarta vitória em quatro jogos, os EUA chegaram aos 12 pontos e não podem mais ser alcançados pelas outras cinco nações participantes na última rodada das finais do Grand Prix, neste domingo. A seleção brasileira conheceu sua segunda derrota em quatro partidas e estacionou nos seis pontos. Resta agora para as comandadas de Paulo Coco a briga pelo vice-campeonato, contra a China, que soma sete pontos, e a Rússia, com os mesmos seis do elenco canarinho. As brasileiras terão pela frente a Itália, às 17h10 (de Brasília). No jogo seguinte, as russas vão encarar o Japão. As americanas fecham a participação nas finais contra o selecionado chinês.
- Nós tentamos, mas elas estão em um nível acima da gente e mereceram a vitória. Tivemos chances, mas não conseguimos jogar melhor. Vamos lutar para ir ao pódio, viemos aqui para isso - declarou Paulo Coco.
O jogoLigada em quadra, a seleção brasileira começou a partida forçando o saque e dificultando o passe americano. Porém, a mesma tática acontecia do outro lado da quadra. Era pancada de um lado, bola voltando, e ponto do outro. O equilíbrio fazia com que estar à frente do placar parecesse apenas uma questão de tempo. Para azar das brasileiras, as americanas conseguiram virar três bolas seguidas e passaram a tomar conta do marcador (7/10). A partir daí, o Brasil passou a correr atrás. Juciely, melhor jogadora da seleção nas finais do Grand Prix, conseguiu fintar o bloqueio das donas da casa, Monique teve uma boa sequência e o Brasil encostou (12/13). Era a hora das comandadas de Paulo Coco reagirem. Mas o bloqueio dos EUA encaixou com a central Dietzen e as gringas abriram cinco importantes pontos (12/17). Diante da empolgação rival e da qualidade das atuais campeãs mundiais, na defesa e no ataque, ficou difícil reverter tal panorama. Os Estados Unidos fecharam o primeiro set por 25/17, em 26 minutos de jogo.

Apesar de estarem com dois sets de desvantagem no placar, as brasileiras não desistiram em nenhum momento de tentar buscar uma virada. Mas as americanas estavam extremamente empolgadas com a chance de serem campeãs de forma antecipada. Cada ponto americano abreviava a espera pela festa que tomou conta do Century Link Center. O acolhedor e caloroso povo do estado do Nebraska estava doido para comemorar um título de Grand Prix. As atuais campeãs mundiais trataram de manter a seriedade e caminharam com bastante tranquilidade rumo ao triunfo por 25/21 que determinou os 3 sets a 0 e o título da edição 2015 da competição anual.

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