O grito de Zaytsev minutos antes da apresentação oficial dos jogadores dava a ideia do espírito com que os italianos entrariam na partida. Se os anfitriões desperdiçavam saques, os rivais aproveitavam para se manter na frente. Zaytsev passava pelo bloqueio e a bola encontrava o rosto de Serginho (9/7). A seleção ia se arrumando, melhorando o aproveitamento no serviço. Com um de Lipe, vinha a virada (15/14). Evandro aparecia mais no ataque. Os italianos pecavam nas finalizações dos seus (19/16). Depois do momento de instabilidade, voltavam a encostar no placar. Mas Bruninho acionava Evandro e freava a tentativa de reação. Num ataque de Lanza para fora, o Brasil ganhava o set point. E levava a parcial com uma nova falha do jovem ponteiro: 25/21.
No set seguinte, Serginho dava lugar a Mario Jr. Bruninho, Evandro, Lipe, Lucão e Murilo seguiam em quadra. O time abria (7/4), mas permitia a virada dos adversários (8/7). O Brasil dava pontos de graça e a distância aumentava (12/9). Bruninho chamava os companheiros. Vibrava com seu ponto de bloqueio, mas lamentava a falha de Eder no saque. Lucão e Evandro consertavam tudo e provocavam o empate (13/13). Os italianos buscavam e retomavam o comando. Zaytsev parava Evandro e fazia Bernardinho pedir tempo (18/14). Na volta, um erro de saque de Mengozzi e ponto de Lipe foram suficientes para Mauro Berruto parar o jogo. Bernardinho fazia a inversão. William e Wallace deixavam o banco. O oposto fazia seu papel no ataque e no bloqueio e a equipe encostava (21/20). A seleção enfrentava o triplo italiano sem sucesso.
A Itália só precisava de um ponto para fazer 1 a 1 (24/20). Murilo e Evandro mantinham a equipe viva no jogo. Bruninho arrancava um ace (24/23). O levantador caprichava no saque novamente e Lucão empatava. A Itália se salvava. Lucarelli entrava e era muito aplaudido pela torcida. Lanza via seu serviço parar na rede (25/25). O mesmo acontecia com Lucarelli. As equipes trocavam erros de saque (27/27). Zaytsev explorava os dedos de Bruninho no bloqueio e recolocava seu time na frente. E respirava aliviado ao ver Evandro atacar para fora: 29/27.
Os donos da casa não se abatiam. Lucarelli chamava a responsabilidade e ajudava a seleção a fazer (11/7). Mas os italianos cresciam, cortavam a vantagem e faziam Bernardinho soltar a bronca (14/13). Os jogadores entenderam o recado. Vindo do banco, Riad também dava a sua contribuição e o Brasil garantia o terceiro set: 25/21.
Zaytsev e seus companheiros queriam o tie-break. Ditavam o ritmo até Lucão subir sozinho, parar Lanza e deixar tudo igual (7/7). Mas o Brasil apagava e sofria quatro pontos seguidos. Lucão, Wallace e Lucarelli diminuíam para 13/12. As falhas no ataque e no saque comprometiam a reação. Sem encontrar resistência, a Itália fazia 2 a 2: 25/19.
Antonov, de novo, dava uma pancada. Match point. O saque de Giannelli passava pertinho da linha, mas o desafio apontava o ponto brasileiro. Wallace desperdiçava a chance de passar à frente. Lucas Lóh evitava que os rivais fechassem a partida (16/16). Um toque de Zaytsev na rede mudava a situação. Era a seleção quem tinha a vantagem agora. Ele se redimia com o empate (17/17). William acionava Lucarelli. Ponto. Os italianos bobeavam e davam a oportunidade para o Brasil vencer. Lucão também deixava escapar. Os times trocavam erros. Lucarelli via um paredão crescer na sua frente e logo depois frear Wallace: 21/19.

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