- A Jaque é uma das principais referências que tenho. É um espelho. Ela é muito habilidosa, muito bonito. Todas as campeãs olímpicas nos ajudam dentro de quadra e passam experiência. Elas fazem isso muito bem e nos auxiliam muito no jogo - explica Rosamaria.
Dona de um belo par de olhos verdes, a novata não se destaca apenas em quadra. Fora dela também começa a ocupar um posto da sua referência Jaque. O de musa. Vaidosa, ela não se incomoda com o posto.
- Não me incomoda. Acho válido e o reconhecimento é bom. Fico sempre feliz Mas a concorrência é pesada. Tem a Mari Paraíba e a Jaque aqui do lado, duas maravilhosas. Só que não deixo isso influenciar e não aparecer mais que meu trabalho dentro de quadra. O mais importante é dar resultado dentro de quadra, mas é bacana isso - brinca a jogadora.
Rosamaria começou no vôlei aos 8 anos. Nas seleções de base, foi campeã sul-americana no infanto-juvenil e no juvenil, além de vice-campeã da Copa Pan-Americana sub-23. Agora na seleção principal, a oposta espera repetir os passos de Jaque e sabe que precisa trabalhar duro para conseguir se destacar dentre tantas jogadoras talentosas. A catarinense de 1,85m não tem pressa, mas não reclamaria caso conseguisse confundir a cabeça de Zé Roberto e roubar um posto para os Jogos Olímpicos.
- Sempre dá tempo não é? O grupo ainda está aberto, e até não sair a lista oficial todo mundo tem chance. Só que sei que tenho muito a evoluir, a concorrência é muito grande e tento não colocar muita pressão em cima de mim. Estou fazendo o meu papel. Depende da comissão. Se eles acharem que estou preparada mesmo com a pouca idade e experiência, vou ficar muito feliz. Só que tento não pensar muito lá na frente e aproveitar o Pan - diz Rosamaria.
Além das portorriquenhas, o Brasil faz mais dois jogos na primeira fase dos Jogos Pan-Americanos. A seleção enfrenta o Peru, no sábado, e os Estados Unidos, na terça-feira. As quartas de final estão agendadas para a quarta, dia 22, as semifinais para a quinta-feira e a disputa pelo ouro no outro sábado, dia 25.
Classificada para os finais do Grand Prix de Vôlei, a seleção feminina optou por não levar para Toronto todo o grupo que tem sido convocado sistematicamente pelo técnico José Roberto Guimarães. O comandante mesclou suas jogadoras e formou dois times. No Pan não estão nomes como Sheilla, por exemplo. Mas Zé Roberto está no Canadá.
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