A segunda vitória do Brasil no Sul-Americano de Cartagena foi outro passeio. E nem precisou das titulares. Apenas Gabi esteve presente em quadra nos 3 sets a 0 sobre o Chile (25/16, 25/6 e 25/15). Mas o que prendeu a atenção do público quase inexistente no Coliseu Northon Madrid foram os muitos ventiladores instalados no quente ginásio colombiano. A temperatura está tão alta (acima dos 30ºC, sensação ainda superior) que a organização mexeu na tabela. Os jogos das 13h e 15h (horário local) foram antecipados para as 9h e 11h (também local), respectivamente - Cartagena está duas horas atrás do fuso de Brasília.
Dentro de quadra Carol e Gabi conduziram um Brasil "on fire". Foi da dupla a maioria dos pontos da equipe (13 e 11), que se apresentou bem na maior parte da partida, oscilando um pouco no passe no primeiro set. Dani Lins, Sheilla, Natália, Fernanda Garay, Fabiana, Juciely e Camila Brait sequer atuaram, mas não podem dizer que não suaram.
O pouco tempo de descanso entre a estreia e a partida contra as chilenas e a fragilidade do adversário permitiram ao técnico Zé Roberto iniciar o jogo com um time diferente. Roberta foi a responsável por acionar Mari Paraíba, Gabi e Monique nas pontas e Carol e Adenízia no meio. Léia dava a tranquilidade na retaguarda e auxiliava as ponteiras no passe. O começo foi do jeito que se esperava. Tranquilas e sorridentes, as meninas abriram frente (6/1). Nem o placar que marcou vitória chilena até a metade do quarto foi percebido por alguém da comissão técnica ou do banco de reservas. A desconcentração veio pela vantagem, e o passe pecou por três vezes seguidas (7/4). Não demorou e tudo voltou ao seu lugar. Com a bola de volta nas mãos, Roberta acelerou as jogadas (24/13). Na hora de fechar, nova falha na recepção. O Chile fez o que o Uruguai não conseguiu na terça: fazer mais de 15 pontos. Um bloqueio duplo de Adenízia e Monique encerrou a minirreação (25/16).
Nada mudou no segundo o set. O calor e o público continuaram os mesmos, os ventiladores permaneceram nas posições originais, e o Brasil no controle do jogo (8/1). Aquele famoso relaxamento das grandes vantagens não aconteceu e o vento era pró-Brasil. O saque destruiu a recepção chilena, que quase não pontuou. Sem desperdiçar contra-ataques, a seleção fechou rapidamente a parcial mais fácil deste Sul-Americano por 25/6.
Nesta quinta-feira, o praticamente classificado time brasileiro fecha sua participação na fase preliminar em rodada contra a Argentina, às 19h (de Brasília). Se vencer, termina em primeiro no grupo B e enfrenta na semifinal o segundo do grupo A (Colômbia, Peru, Paraguai e Venezuela).
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