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Shelda aposta em final brasileira e quatro medalhas em 2016

vôlei de praia adriana behar shelda Misty May Kerri Walsh final olímpica atenas 2004 (Foto: COB)

Considerada uma das melhores jogadoras de todos os tempos e responsável por tornar o Brasil uma potência no vôlei de praia, Shelda vive um momento nostálgico às vésperas das Olimpíadas. Os 12 anos de parceria com Adriana Behar, a mais duradoura da história, renderam títulos recordes. Eternizadas no hall da fama da modalidade em Holyoke, Massachusetts, em 2010, elas hoje seguem caminhos distintos no esporte. Adriana trabalha com Confederações no Comitê Olímpico do Brasil (COB), enquanto Shelda é comentarista do Time de Ouro da TV Globo, ao lado de outros renomados ex-atletas. Aos 42 anos, a heptacampeã mundial e duas vezes vice-campeã olímpica guarda com carinho a lembrança da época em que dominava o esporte e, se pudesse, faria uma viagem ao passado.
A ansiedade para o início do Rio 2016 e o friozinho na barriga antes de entrar em cena continuam, mas, desta vez, ela estará fora das quadras. Ao lado de Adriana, a cearense de Fortaleza conquistou 1.101 vitórias e 114 títulos. Na coleção, estão as duas medalhas de pratas nos Jogos, em Sidney 2000 e Atenas 2004, o hepta do Circuito Mundial (97, 98, 99, 2000, 2001, 2004 e 2008), o octa do Circuito Brasileiro (1996, 1997, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003 e em 2004) e o bicampeonato mundial (França-1999 e Áustria-2001). A dupla entrou para o Guiness Book, o livro dos recordes, em 2006. Além das brasileiras, o hall da fama do vôlei também conta com quatro representantes do país: Bernard Rajzman (2005), Jackie Silva (2006), Carlos Nuzman (2007) e Ana Moser (2009).
Com a experiência dentro e fora de quadra, Shelda fez uma aposta ambiciosa para o Rio 2016. Além de apostar em pódios para todas as quatro duplas do país, ela acredita que a final poderá ser brasileira, repetindo Atlanta 1996. Na ocasião, Jacque Silva e Sandra Pires foram campeãs, e Adriana Samuel e Mônica Rodrigues ficaram com a prata, completando a dobradinha.
- Estou até parecendo atleta, com aquela vontade de que chegue logo, o friozinho na barriga, é uma sensação bem bacana. O ano foi fantástico para o Brasil tanto no vôlei de quadra como de praia. Foi a primeira vez que o Brasil em uma Copa do Mundo dos seis pódios, pode em cinco lugares.Se repetirmos isso em 2016, temos grandes chances de estar no pódio com nossas quatro duplas. Quem sabe não pinta aí uma dobradinha como em 1996. Imagina, depois de 20 anos, mais uma final brasileira. Se não me engano, as meninas ficaram fora do pódio em apenas uma etapa do Circuito Mundial neste ano. Chances a gente tem - declarou a ex-jogadora, que ainda praticou balé, basquete e até patinação artística antes de escrever seu nome nas areias.
Shelda viveu um aperitivo do que está por vir no Rio Open, etapa brasileira do Circuito Mundial, válida como evento-teste para 2016. A quadra central em Copacabana, lugar onde colheu tantas láureas, foi montada no mesmo local e posição da arena olímpica. A Princesinha do Mar não recebia uma etapa do Circuito Mundial desde 2004, quando a cearense conquistou o lugar mais alto do pódio, com Adriana. Foram as tantas memórias na "areia sagrada" que ela tem dificuldade para lembrar as mais marcantes no "Maracanã do vôlei de praia".
- Quando penso em Copacabana, vem alegria à mente. Fui muito feliz com a Adriana aqui, jogando em casa, com os amigos, a torcida e essa pressão maravilhosa. Copacabana é o berço, o nosso Maracanã. Era o sonho de qualquer jogador ganhar o Mundial aqui. No início, os Estados Unidos dominavam, e a gente conseguiu dar a volta por cima e ficar muito tempo comandando e mandando. Só lembro de coisas boas, me diverti muito aqui. Lembro da casa lotada, a fila enorme de pessoas esperando para entrar, uma energia maravilhosa... Eu acho que os nossos atletas precisam dessa energia da torcida. É muito especial jogar aqui. Queria voltar no tempo. Passou tão rápido. Quando a gente percebe, já se aposentou. Tem que aproveitar.


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