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Técnica e tática do Saque no Voleibol

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No início da prática do voleibol em nosso país, a finalidade do sacador era apenas colocar a bola em jogo. Até a década de 80 não existia uma preocupação efetiva com a utilização do saque e muito menos com o treinamento específico para este fundamento. Com as mudanças das regras e a evolução do treinamento, o saque, que era uma arma importante na estratégia de jogo, passou a ser ainda mais valiosa para uma equipe.

A variação da calibragem e do tamanho da bola, que em 1984 era de 0,48 a 0,52 Kg/cm2 (REGRAS, 1984; 1996) e hoje era varia de 0,40 a 0,45 Kg/cm2 e a circunferência que era de 65 a 67 cm hoje é de 65 a 68 cm , influenciaram na velocidade do jogo. Uma importante mudança nas regras atuais, (REGRAS,1996) permite que o sacador utilize os nove metros da largura da quadra para efetuar seu saque, isto permite uma mudança significativa nas táticas de saque e de recepção do saque. Por exemplo, uma alternância maior do ponto de partida do saque, visto que o espaço agora é de nove metros para o sacador. Na recepção a necessidade muitas vezes da inclusão de um terceiro ou um quarto passador, para inutilizar a força do saque e a modificação do posicionamento quando o sacador varia o ponto de partida do saque.

Procura-se   desenvolver o saque em todos os seus aspectos: técnico, estilo, domínio, regularidade, força, precisão, variação de trajetória da bola, tático com variação de estilos, estratégia, relação com o ataque adversário, liberdade de decisão do atleta, variação da distancia e ponto de partida do saque. O gesto deve ser executado na busca da proficiência do desempenho, isto é, máxima certeza de alcance de meta, com o mínimo gasto de energia.

Treinamento da técnica

Dentro do trabalho técnico, procurou-se desenvolver em cada atleta uma melhora da técnica, respeitando o padrão motor e o tipo de saque que a atleta já executa. Aproveitando seu estilo, estabeleceu-se uma relação de regularidade do gesto e quando possível, uma variação do tipo de trajetórias das bolas sacadas. Cada atleta se adapta a uma situação ensinada, baseada nos seus padrões motores. No treinamento de domínio, trabalhou-se com alvos na quadra adversária, dividindo a quadra em 9 zonas de 9 metros quadrados. O controle da altura da trajetória do saque e da velocidade da bola, onde preferencialmente trabalhávamos com elásticos estendidos sobre a rede, alterando a altura em que a bola deveria ser enviada para a quadra adversária. Nos treinamentos estabelecia-se objetivos a serem alcançados quanto a eficiência dos mesmos. A freqüência do trabalho de saque era diária, todas as manhãs eram executado um trabalho especifico deste fundamento, nos Blocos A2, A3 e B, com as variações necessárias táticas ou técnicas. Fator fundamental é o controle das cargas de trabalho. O saque é um fundamento que além dos demais segmentos do corpo, exige muito dos membros superiores. Uma preocupação constante foi o volume do trabalho, baseado em séries de repetições, uma atleta deveria executar no máximo 10 (dez) saques dentro de uma série, e dar um intervalo de recuperação em torno de dois minutos entre as séries. Outra exigência foi a realização de alongamentos específicos entre as séries, proporcionando uma proteção ainda maior da articulação do ombro e dos músculos exigidos no gesto técnico. Evidentemente, durante tais exercícios não se objetivava o aumento da flexibilidade, mas relaxar e alongar os músculos.

Treinamento tático

 Opta-se muito pela variação tática, no voleibol moderno, principalmente numa equipe com um bom controle de saque, das sacadoras. Esta afirmação encontra justificativa em Paolini (2001, p. 22), onde diz: "O saque condiciona os outros fundamentos de ponto como bloqueio e defesa", e por conseqüência uma melhor organização nos contra-ataques. As táticas de saque variam de jogo para jogo e muitas vezes, até mesmo dentro de um set. Uma equipe é levada a alterar a tática pré-estabelecida, as vezes por adaptação do adversário ao tipo de saque que estava sendo utilizado, as vezes por necessidade de provocar o levantamento adversário para determinada jogadora. Avalle (1998) acentua que a tática é um instrumento pelo qual um atleta pode administrar quando utilizar a técnica. O saque é uma arma de ataque que não pode ser desprezada. Os treinamentos, que devem ser específicos e variados, para facilitar no momento do jogo, o seguimento das orientações táticas previamente estabelecidas pelo treinador. Nesse fundamento, o atleta deve ter a consciência de quais seriam as causas e efeitos de sua ação, ou seja, conhecer o jogo como um todo e que sempre existirá uma relação de continuidade da sua ação. Sendo o saque um fundamento do Voleibol que apresenta a menor motivação para ser treinado, uma preocupação é exatamente com os fatores motivacionais que tem varias influencias e que contribuem para seu melhoramento, dois aspectos de caráter geral e de absoluta importância: A criatividade (típica das crianças) que caracteriza cada indivíduo e o diferencia dos outros, e o stress (típico de adultos), que normalmente o acompanha em desporto de alto nível, exatamente porque jogar uma bola sobre o placar de zero a zero não é a mesma coisa que joga-lo no quatorze a quatorze do quinto set. É preciso salientar que, nossa proposta é o ensino do Voleibol pela tática e pela compreensão do todo do jogo, a liberdade de mudanças pode, muitas vezes, deixar o jogo mais fácil. Autonomia e versatilidade são dois fatores desejáveis em atletas de alto rendimento. No momento em que a pontuação do set evolui, pressiona e intimida a atleta, é que se espera a sua criatividade. Em uma primeira abordagem a atenção é fazer com que as atletas percebam o jogo, em seguida a tomada de decisão sobre "o que fazer" e finalmente o "como fazer." 

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