A chuva parece ter afugentado a torcida do Brasília do Ginásio do Sesi de Taguatinga, mas quem não compareceu à partida desta terça-feira certamente se arrependeu. Jogando em casa, o time do Distrito Federal viu muitos lugares vazios na arquibancada, mas teve grande atuação na partida diante do Sesi-SP, em partida decidida apenas nos detalhes. Aguerridas, as brasilienses lutaram até o fim da partida, mas foram derrotadas por 3 a 2 (24/26, 25/21, 20/25, 25/18 e 16/14). Com a vitória, o Brasília colocou fim a uma incômoda série de três revezes seguidos, exatamente o número de partidas com resultado negativo alcançado pelas paulistas.
Eleita a melhor jogadora da partida, a ponteira Amanda preferiu dividir com as companheiras os méritos da vitória diante do Sesi.
- Esse foi um jogo de muito estudo, de muita marcação. O Sesi tem um supertime. Nós viemos de jogos que ficaram entalados na garganta. A gente vem treinando muito, não está faltando empenho. Fico feliz pelo prêmio de melhor da partida, agradeço o pessoal que votou, mas acho que ele poderia ser dividido entre a Vivian e a Roberta. Elas jogaram muito, bloquearam demais - ressaltou.
O primeiro set deu mostras de como seria a partida. Alheia à torcida que, apesar do número reduzido, tentou fazer barulho, o Sesi-SP foi soberano na primeira parcial. Para se ter ideia do domínio das paulistas, a liderança no placar foi ameaçada no segundo ponto, quando o Brasília empatou o jogo em 1/1. Daí em diante, as visitantes quase não se viram ameaçadas em momento algum e chegaram a abrir seis pontos de vantagem (20/14). Quando o set parecia definido, o Brasília buscou forças para conseguir uma até então improvável reação, cortando a desvantagem no placar para apenas um ponto (21/20), obrigando o técnico Talmo de Oliveira a parar o jogo. A pausa não surtiu efeito e o Brasília seguiu ditando o ritmo de jogo e conquistou a virada. Na reta final do set, entretanto, mesmo com Paula Pequeno inspirada nos ataques, o Sesi-SP foi superior e fechou a parcial por apertados 26/24, em 32 minutos.
Na volta do intervalo de um set para o outro, o panorama pouco mudou. A reação do Brasília parecia ter ficado na primeira parcial. O Sesi-SP mandava no placar e chegou a abrir quatro pontos de vantagem logo no início do set. Na primeira parada técnica, a margem das paulistas era de três pontos. As coisas pareciam caminhar melhor para as donas da casa, quando os erros de passe passaram a tornar a vida das visitantes mais fácil. Sempre mantendo a vantagem no placar na casa dos dois pontos, o Sesi-SP se encaminhava para a vitória também no segundo set, quando o Brasília buscou forças na reta final da parcial para reagir. Com a defesa acertada, as brasilienses não só conquistaram o empate como viraram o placar e abriram vantagem, fechando a parcial em 25/21, após 29 minutos de disputa.
O terceiro set foi o mais disputado da partida. Desde o início da parcial, as duas equipes praticamente trocaram pontos e o que se viu, além do grande equilíbrio em quadra, foram algumas alternâncias na liderança do placar. Os dois times também pouco erraram durante o terceiro set, proporcionando um grande espetáculo no Sesi de Taguatinga. Na reta final, a estrela da ponteira Amanda passou a brilhar. A jogadora passou a ser muito acionada quando o Brasília atacava, mas também contribuiu com boas defesas. Mesmo vivendo grande momento, a equipe da capital federal viu o Sesi crescer na reta final do set. O placar apontava igualdade em 20 pontos, quando as paulistas elevaram o ritmo, marcaram cinco pontos seguidos e fecharam a parcial em 25/20, abrindo 2 a 1 no embate.
A derrota no set anterior mexeu com os brios do Brasília. Com um início arrasador, as donas da casa não deram chances para o Sesi. Com tudo dando certo, as brasilienses não tiveram trabalho para abrir cinco pontos (6/1). O Sesi, entretanto, mostrou que não facilitaria a vida das donas da casa. Anotando três pontos seguidos, as paulistas pulverizaram a desvantagem e obrigaram o técnico Manu Arnaut a pedir tempo. A pausa diminuiu o ímpeto do Sesi, mas não alterou a vontade do Brasília de vencer o set e forçar a realização do tiebreak. Usando variações no ataque, as donas da casa não tomaram conhecimento das visitantes e venceram por 25/18, obrigando a realização do set desempate.
O tiebreak foi, no mínimo, diferente. A forte chuva, combinada com fortes ventos, fez do clima uma variável presente no embate. Isso porque o Ginásio do Sesi de Taguatinga tem quatro grandes entradas de ar, e o vento complicou a vida das levantadoras. Macris, do Brasília, chegou a reclamar do vento no meio de um dos pontos. Pequenos pedaços de espuma impermeabilizante chegaram a cair do teto na quadra, paralisando a partida por alguns instantes. Depois de uma limpeza no piso, a partida continuou em ritmo eletrizante. O Brasília chegou a abrir 7/4, mas viu o Sesi-SP empatar e, posteriormente virar o placar. Apesar da reação das visitantes, as donas da casa não se abalaram e, conseguiram vencer o tiebreak por 16/14, fechando o jogo em 3 sets a 2.
Empolgado pela vitória, o Brasília tem mais um difícil compromisso pela frente. No sábado, a equipe recebe o Osasco, às 18h, novamente no Ginásio do Sesi de Taguatinga. No mesmo dia, mas às 14h45, o Sesi recebe o Pinheiros, em partida com transmissão do SporTV.
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