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Derrotado por chilenos, Emanuel dá adeus ao vôlei de praia: "Perdi a voz"

vôlei de praia Emanuel despedida (Foto: Matheus Vidal / CBV)

O vôlei de praia se despediu oficialmente de seu "Rei" nesta sexta-feira. Dono de mais de 150 pódios na carreira e de três medalhas olímpicas, sendo uma de ouro em Atenas 2004, e tido por muitos como o maior jogador da história da modalidade, Emanuel fez sua última partida no Grand Slam do Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana, mesmo local onde será instalado o palco dos Jogos Olímpicos, torneio do qual, pela primeira vez desde que o esporte entrou no programa em Atlanta 1996, o paranaense de 42 anos não irá participar. Ao lado de Ricardo, o adeus foi na repescagem, no início da tarde desta sexta-feira, contra os primos Marco e Esteban Grimalt, do Chile, pelo placar de 2 a 1 (15/21, 21/16 e 15/13). E o que não faltou foi emoção.
- O último ponto foi o encerrar de tudo isso que construí. Tentei, lutei e não consegui passar para a próxima fase. Em 25 anos, nunca tive o sentimento de ficar sem fala. Eu perdi a voz. É muito triste para mim por enquanto. Estávamos muito bem na partida, mas o jogo começou a sair da nossa mão. Infelizmente dessa vez não deu. Fica a lembrança de ter encerrado a carreira de maneira justa e digna - disse Emanuel, que ficou com a bola do jogo e tratou logo de passá-la para a mulher, a ex-jogadora Leila.

Emanuel anunciou a decisão na semana passada. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ainda fará uma homenagem ao paranaense neste domingo, mesmo dia das finais da etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial. Agora, Emanuel pretende desempenhar novos papéis, como ser a voz dos jogadores junto à presidência da comissão de atletas do Comitê Olímpico do Brasil e da comissão nacional de atletas do Ministério dos Esportes.
- Vou ficar uns dois meses fora, mas depois pretendo voltar ao vôlei para ajudar novos talentos. Já estava preparado para isso, mas não sabia que sofreria tanto. É uma dor diferente. Não consegui falar lá na quadra, perdi as palavras. Quando chegou no tie-break, eu comecei a sentir. Antes estava tranquilo. A energia não vinha mais, começou a falta. Confesso que eu não estava preparado para parar nesse jogo - lamentou.
O parceiro Ricardo lamentou o adeus na repescagem.

- Não é fácil. Nós conversamos na preleção sobre as dificuldades, porque eles vêm crescendo, mas nunca pensamos na derrota. Não pensei que seria o último jogo, mas tudo que construímos não vai se apagar. Tentei fazer meu melhor sempre e me doar ao máximo. O jogo acaba e você sempre pensa que poderia ter feito algo diferente. Mas o Emanuel é especial demais para o esporte e para os brasileiros - elogiou.
No Grand Slam do Rio, Emanuel fez um jogaço ao lado de Ricardo contra Reinder Nummerdor e Christiaan Varenhorst, da Holanda, de onde saiu vitorioso pelo placar de 2 a 0, parciais de 21/19 e 22/20), em 42 minutos. Na estreia da chave principal do torneio, eles haviam perdido para os poloneses Grzegorz Fijalek e Mariusz Prudel por 2 a 1, parciais de 21/14, 19/21 e 15/12, em 57 minutos. Ainda na fase de grupos, bateu Liamin e Barzouk, da Rússia, por 2 a 0, duplo 21/17. Esse foi o 257º evento de Emanuel no Circuito Mundial. Nesta sexta, caiu para os chilenos.


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