Uma das melhores jogadoras do vôlei brasileiro está enfrentando uma corrida contra o tempo, pra disputar a Olimpíada.
O tempo nunca passou tão rápido para a Fabíola. A contagem regressiva começou numa conversa que teve com o técnico Zé Roberto.
"Ele perguntou se eu acreditava que era possível eu retornar em pouco tempo! Eu disse para ele que sim", conta a levantadora.
Fabíola foi convocada para a seleção em abril de 2016, mesmo grávida de oito meses. Foi uma aposta do técnico. Jogar a Olimpíada dependeria de como a segunda filha da levantadora viria ao mundo.
"É necessário que seja um parto normal para que ela tenha tempo hábil para treinamento", disse o técnico da seleção feminina, José Roberto Guimarães.
Ana Vitória nasceu de parto normal e deu a Fabíola a chance de participar de uma Olimpíada pela primeira vez.
Ela foi cortada às vésperas dos jogos de Londres, mesmo tendo jogado as principais competições internacionais entre 2008 e 2012.
"Todo mundo poder ser cortada, é verdade, mas a gente dedica ali quatro anos. Então você se envolve muito com isso aqui", comenta Fabíola.
Olha só quantas pessoas fazendo parte do treinamento da Fabíola, uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete... todo mundo correndo contra o tempo para que ela esteja apta fisicamente, tecnicamente, para fazer parte da lista final do Zé Roberto para a Olimpíada.
E a equipe tem uma integrante especial! Com pouco mais de um mês de vida Ana Vitória fica pertinho da Fabíola. Afinal, quem pode substituir a mamãe se der aquela fominha? As pausas para amamentação não atrapalham.
"A gente não está tendo que ensinar a Fabíola a jogar, a gente está tendo só que relembrar as coisas que ela faz bem", diz o auxiliar técnico Wagão.
Em 3 de agosto sai a lista do Zé Roberto com as 12 jogadoras. De quatro levantadoras, só duas irão.
"Eu vou correr atrás para que ele tenha muita dor de cabeça, muita dificuldade na hora de cortar. Eu vou lutar até o fim", diz ela.
E sempre em muito boa companhia!
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