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Maurício Souza aposta no bloqueio para tentar ficar com vaga olímpica

Maurício Souza sobe no bloqueio triplo Brasil x Itália Liga Mundial vôlei (Foto: Divulgação FIVB)

A fala mansa destoa da agressividade dentro de quadra. Dentro daquelas quatro linhas, Maurício Souza acompanha o movimento dos adversários e se transforma num paredão persistente. Nesta temporada, tem feito de seu fundamento preferido uma arma para tentar convencer Bernardinho de que merece um lugar na equipe que disputará os Jogos Olímpicos do Rio. O central de 2,09m agarrou a chance dada pelo técnico e vem se destacando na Liga Mundial. Maior bloqueador da seleção na Liga Mundial, com alcance de 3,23m, considera mais fácil parar os mais temidos atacantes do que dar entrevista. Após a vitória sobre a Itália, na Tauron Arena, em Cracóvia, tentou passar despercebido pelos repórteres. Acabou sendo abordado por vários. Abriu um sorriso, pediu ajuda, e foi em frente.
Ultimamente só pensa em mostrar empenho em cada treino e jogo, e em tocar uma boa moda de viola para relaxar, sempre com Serginho e Wallace como plateia. É assim que o mineiro de 27 anos - ex-ajudante de pedreiro, que se apaixonou pelo vôlei após ter entrado muitas vezes no ginásio de Iturama para pegar água durante a pausa no trabalho -, tem construído seu caminho dentro da equipe.
- A gente estuda muito. A comissão técnica passa tudo o que o levantador adversário vai fazer. E aí fica um pouco mais fácil a leitura de jogo. E um pouco da técnica ajuda também, mas sempre pode ser melhor. Acho que bloquear é o fundamento que mais adoro fazer. É meu trunfo para beliscar uma vaga na Olimpíada (risos). O que importa é que o crescimento da equipe está dentro do coerente do que vem sendo trabalhado e o resultado contra a Itália foi dentro do esperado no meu ponto de vista. O time jogou muito bem, muito focado, com muita garra - disse.
Maurício mostra serenidade diante da briga entre os centrais. Lucão é nome certo, mas sobrarão apenas dois lugares para três jogadores. Além dele, estão na disputa Isac e Eder. Bernardinho não tem escondido de ninguém que esta será a posição mais difícil de fazer o corte por conta do alto nível apresentado por cada um. Em busca do sonho, Maurício diz que sua parte é seguir trabalhando firme. A dor de cabeça ele deixa para o treinador.    
Maurício Souza Brasil x Itália Liga Mundial vôlei (Foto: Divulgação FIVB)
- Ele que se vire para decidir quem vai e quem fica (risos). O negócio é fazer o trabalho bem feito e isso a gente está conseguindo fazer a cada treino, a cada jogo. Tive um crescimento muito grande este ano, tanto psicologicamente como fisicamente. Posso dizer que estou na minha melhor forma da carreira. A questão é sempre dar o melhor. E essa disputa por uma vaga está sendo muito tranquila de todas as partes. Está sendo gostoso trabalhar. Independentemente de quem for, o país vai estar bem representado. Se eu ficar ou for, vou ficar torcendo da mesma forma como se estivesse dentro do grupo. Jogadores de alto nível não faltam.
E bons companheiros também. Daqueles que ficam sentados perto dele para ouvir sua cantoria e para publicar algumas delas nas redes sociais.
- A gente brinca. Porque o Escada e o Wallace são meus irmãos aqui dentro. Gosto demais de cantar com eles. O Escada também gosta de modão de viola e dá muito certo isso. E ele fica me zoando nas redes sociais (veja o vídeo publicado no perfil pessoal do jogador). Gosto de ouvir música, de tocar violão porque isso me ajuda a relaxar. Isso me deixa mais tranquilo.  



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