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Seleção masculina perde para os Estados Unidos

Aquela fragilidade de dias anteriores não entrou em quadra. Nem podia. Pressionados após duas derrotas em duas partidas, os Estados Unidos precisavam jogar como tal se quisessem manter vivas as chances de garantir uma vaga na próxima fase do torneio olímpico. Encararam o Brasil. E passaram por ele. Na madrugada desta sexta-feira, no Maracanãzinho, além de impor a primeira derrota à seleção, também impediram que ela garantisse a classificação para as quartas de final com duas rodadas de antecipação: 3 sets a 1 (25/20, 25/23, 20/25 e 25/20). 
Com o resultado, a situação do Grupo A fica embolada. A Itália, única invicta, segue na ponta com nove pontos. Franceses e brasileiros aparecem logo em seguida com seis. Canadenses e americanos somam três. O próximo compromisso do Brasil será no sábado, contra a Itália, às 22h35. 
O nome do confronto foi Matt Anderson. O oposto fez sozinho quase um set inteiro, terminando com 24 pontos. Russell apareceu logo depois com 19. Wallace foi responsável por 15, um a mais que Lucão. 
O jogo
Os americanos pressionavam. Contavam com os saques potentes de Matt Anderson, iam atrás de todas as bola e também tiravam proveito dos erros dos anfitriões para abrir 4/1. Aos pouquinhos, a seleção ia se ajustando. Eder ia para o saque, garantia o empate. Na jogada seguinte, Wallace conseguia fazer uma defesa com o pé, que levava Serginho, no banco, vibrar. O rali continuava, mas acabava com os EUA levando a melhor. As equipes seguiam se alternando no comando do marcador. Micah Christenson dava um respiro para os visitantes após dois aces seguidos (16/13). Taylor Sander passava a desequilibrar no ataque e também no saque. A diferença aumentava para seis pontos (21/15). Bernardinho fazia a inversão. William e Evandro em quadra. Com a linha de passe funcionando bem, Christenson surpreendia a cobertura brasileira com uma bola de segunda. Mais consistentes, os visitantes levavam o primeiro set: 25/20.
Os jogadores conversavam durante o intervalo. Buscavam soluções para conter o ímpeto das rivais. O campeão olímpico David Lee puxava o time. Anderson e Russell mantinham a agressividade e não encontravam resistência do bloqueio. O Brasil passava a frente graças a uma falha no contra-ataque. A bobeada na cobertura deixava tudo igual novamente (12/12). Não havia espaço para distração. Num dos poucos momentos assim, os americanos cediam aos donos da casa dois pontos e o comando do marcador (16/14). A folga se perdia rapidamente (17/17). Wallace queria jogo, carregava a equipe. E pedia que a torcida fizesse sua parte. Lucão fazia o Maracanãzinho explodir ao frear um ataque (22/20). O paredão do outro lado também subia e deixava tudo igual. Por duas vezes o duplo formado por Sander e Holt parou Evandro e assumiu a ponta. Para complicar ainda mais a situação, Christenson arrancava um ace (24/22) e não demorava para os visitantes comemorarem: 25/23.
 A arquibancada silenciava e não escondia o semblante preocupado. Lá dentro tinha briga. E das boas. O Brasil começava arrasador 11/5. Russell persistia. O jogo da seleção fluía melhor e a tentativa de salvar uma bola lá longe com o pé fez a torcida gritar o nome de Bruninho. Vaia só para a arbitragem, que num pedido de desafio analisava o lance anterior e não o que o time brasileiro questionava. A diferença rodava agora na casa dos quatro pontos. Caía para três, mas era retomada após um saque de Christenson parar na rede. Os de Wallace passavam e jogavam a pressão para os rivais (19/14). Mesmo assim, eles lutavam, vendiam caro aquele último pontinho da parcial. Graças a Sander, venciam um belo e longo rali. Um toque na rede  mantinha os comandados de Bernardinho no jogo: 25/20.
Não havia tempo para se lamentar. Os EUA se refaziam e iam para cima. Mostravam solidez na defesa e forçavam o pedido de tempo do Brasil (6/2). O time parava. Por sorte, contava com falhas seguidas e se aproximava (11/9). A essa altura, Anderson já tinha 22 acertos na conta e Russell 19. Eram incansáveis. Gritos de "eu acredito" surgiam quando o placar apontava 23/20 para os americanos. O bloqueio subia, mas a bola não pegava na linha. Match point. Lucão atacava para fora. Os EUA respiravam aliviados após uma grande atuação: 25/20.   


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