A bola na América do Sul tem dono. No vôlei profissional e, principalmente, na base. Realidade que se repetiu pela 19ª vez na manhã deste domingo, no Centro Olímpico de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Com momentos de oscilação, mas muita vibração, a seleção brasileira feminina de vôlei sub-20 venceu o Peru por 3 sets a 0 (25/19, 25/22 e 25/14) na última rodada do Sul-americano da categoria para ficar com o título e manter a hegemonia no continente.
Com o resultado, as brasileiras garantem vaga no Mundial da categoria, que será disputado em 2017, no México. O Brasil termina a competição com cinco vitórias em cinco jogos e apenas um set perdido.
A partida começou igual, com as equipes trocando bolas até o décimo ponto, quando o Brasil conseguiu abrir. Foram quatro pontos de diferença, entre erros do Peru e ataques certeiros das brasileiras. A seleção peruana reagiu e interrompeu a sequência, mas não conseguiu alcançar o time do técnico Hairton Cabral. Em ataque na rede da equipe visitante, o Brasil fechou o set em 25 a 19.
O Peru voltou melhor para a segunda etapa, complicando o passe brasileiro e contando com erros seguidos de ataque do time canarinho, que foi para a parada técnica perdendo por 8 a 5. A frustração do banco brasileiro também não ajudou e rendeu um cartão vermelho, que significou ponto para o Peru: 15 a 9. Quando as peruanas abriram oito pontos, foi a vez da torcida no Centro Olímpico testemunhar uma impressionante reação brasileira. O time melhorou o passe, atacou com mais tranquilidade e trouxe a diferença para três pontos: 20 a 17. A torcida acordou, e a diferença caiu para um ponto em violação de rodízio do Peru. O empate veio em bloqueio sensacional de Diana, e a virada com o brilho de Beatriz. Primeiro no maior rali do set. Depois, em pancada que deu o set point às anfitriãs. Em saque venenoso de Glayce, que complicou a recepção peruana, o Brasil fechou em 25 a 22.
As equipes voltaram ligadas para o terceiro set e impondo muitas dificuldades uma para a outra no saque. Para escapar da marcação peruana, o Jackeline investia em bolas rápidas pelo meio ou confiava na mão quente de Beatriz. A defesa também funcionava e dava oportunidades de contra-ataque, e o time foi para a primeira parada com 8 a 4 no placar. As seleções foram trocando pontos, sempre com o Brasil à frente. No 17º ponto, mais um belo rali entre as duas equipes, que terminou em bola de segunda sensacional de Jackeline. A partir daí, a vantagem só aumentou e chegou a nove pontos: 22 a 13, com longa passagem de Glayce pelo saque. Em ponto de Diana no serviço, as donas da casa fecharam o set e o jogo: 25 a 14 e 3 sets a 0.
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