
As conversas começaram há um tempo, mas, a princípio, não pareciam ter   futuro. Soberano na Superliga, porém, o Rio de Janeiro viu com bons   olhos a possibilidade de jogar em uma casa maior na reta final da fase   de classificação e nas quartas de final da competição. Depois de uma   longa negociação, a equipe chegou a um acordo com a Arena da Barra e   mandará lá suas partidas contra Osasco, Minas e Praia Clube, nas três   últimas rodadas, e na primeira fase dos playoffs. Em caso de   classificação às semifinais, o Rio voltará a jogar no ginásio do Tijuca   por conta de uma incompatibilidade de datas na nova casa. Nesta   quinta-feira, o time encara o San Martin pelo Sul-Americano. 
O Rio tem mandado suas partidas no Tijuca, que tem capacidade para   apenas duas mil pessoas. Há alguns anos, chegou a levar seus jogos de   maior apelo para o Maracanãzinho. Lá atrás, também, negociou para jogar   na Arena da Barra, mas se assustou com o alto valor. Com uma nova   empresa à frente do ginásio, o custo foi reduzido, e as duas partes   chegaram a um acordo. 
Técnico do time, Bernardinho festeja. O treinador acredita que a   mudança é benéfica para o vôlei nacional e uma tentativa de levar um   público maior para a arena. 
- Acho muito importante disputarmos esses jogos na Arena, buscando   opções de ginásios maiores e com estrutura para receber grandes   públicos. Apesar do Tijuca ser nosso parceiro há muito tempo e termos   nele uma referência, a capacidade de público é limitada e não podemos   mudar isso. Esperamos contar com a adesão, a aceitação do público. Isso   será fundamental. Será muito bom usarmos as estruturas olímpicas,   levando o esporte para mais pessoas e também ao público da Barra da   Tijuca. 
Antiga casa do clube nos jogos de alta demanda na Superliga, o   Maracanãzinho foi deixado de lado na temporada 2014/2015 por conta do   custo inviável aos cofres do time de Bernardinho. À época, na negociação   com a concessionária que assumiu o ginásio para a Olimpíada, o Rio   recusou a proposta por conta de um aumento de 60% no valor do contrato.   Desde então, adotou o Tijuca até para clássicos contra rivais   tradicionais, como Osasco, Praia Clube e Minas. Com capacidade para   apenas duas mil pessoas, o local fica pequeno para jogos mais   importantes. 
Harry Bollmann Neto, supervisor do time, foi quem esteve em frente às   negociações com a GL Events, empresa responsável pelo gerenciamento da   Arena. Apesar de não revelar valores, se mostrou satisfeito com o   acordo. Para os jogos, apenas dois níveis do ginásio serão abertos à   torcida, em um total de 4.700 ingressos que serão colocados à venda. 
- Chegamos a um acordo. Eles fizeram uma proposta que coube na nossa   realidade, uma situação especial para esse momento porque nós temos os   nosso limites. Estávamos trabalhando em algumas questões do jogo em si,   de logística, e fechamos o contrato. Estamos satisfeitos. Achamos que é   uma experiência positiva. É importante para perceber como o público   recebe esses jogos na Barra. O transporte público na região está bem   melhor hoje. Então é interessante. Até para pensar em oportunidades para   a próxima temporada- afirmou. 
Milena Palumbo, diretora regional da GL Events, afirmou que a intenção é   fazer com que a parceria seja estendida para o futuro. Para ela, é   essencial que o público local passe a reconhecer o Rio como um time da   Barra da Tijuca. Recentemente, a empresa também chegou a um acordo para   que o clássico entre Vasco e Flamengo, pelo NBB, fosse lá. A partida,   porém, foi realizada sem torcida por falta de efetivo da Polícia   Militar. 
- Não é um acordo. É uma parceria boa para os dois lados. Estao muito   felizes. Estamos apostando que vai virar uma parceria de longuíssimo   prazo. Foi um tempo de discussão e de entendimento dos dois lados. Os   dois queriam muito fechar essa parceria. Nós vemos a importância de um   calendário esportivo, não só esporádicos no mix de eventos da nossa   arena. Nós temos, como aspiração, que consigamos tornar essa parceria   uma coisa cultural para a Barra, para a população em volta da Arena.   Queremos que a população do bairro abrace. 
Já garantido nas quartas de final, o Rio terá o mando de quadra na   abertura dos playoffs. Então, jogará o primeiro jogo na Arena. Caso seja   necessário, volta ao local para o terceiro duelo. O contrato só não foi   estendido para a semifinal por uma impossibilidade de datas da arena. O   retorno ao Tijuca, no entanto, não é, para o supervisor, um passo   atrás. Harry lembra da longa parceria do ginásio com o clube. 
- São parceiros muito importantes para gente. Não tínhamos o   Maracanãzinho, passamos a ter o Maracanãzinho, deixamos de ter e agora   temos a Arena. Mas, verdade seja dita, o Tijuca sempre esteve conosco   como um parceiro forte. E a parceria segue. Vamos fazer um teste, porque   há uma limitação que foge à nossa vontade e à deles em grandes jogos.   Mas são sempre nossos parceiros. 
Datas dos jogos 
03/03 - Rio x Osasco - 21h30 
07/03 - Rio x Minas - 19h30 
10/03 - Rio x Praia Clube - 21h30 
Quartas de final - a definir 
 
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