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Como foi a final do Sul Americano Feminino 2018


Foi épico. A final do Sul-Americano feminino de vôlei foi digna de duas das maiores equipes do país. Minas e Sesc/Rio de Janeiro fizeram um jogo emocionante neste sábado, na Arena de Belo Horizonte. Com direito a viradas, reclamações de Bernardinho, presença de Sheilla Castro na torcida - que fez história nos dois clubes - e muita emoção do grande público presente na decisão, no tie-break, o Minas venceu e levantou o título pela terceira vez. Agora, as mineiras se preparam para o Mundial de Clubes que será disputado na China. As parciais foram 25/23, 22/25, 25/23, 15/25 e 15/9.


Primeiro set

Os três primeiros pontos da final foram do Sesc/Rio de Janeiro. É possível dizer que foram três erros infantis das mineiras: invasão de Mara e duas recepções ruins. Mas bastou Newcombe fazer o primeiro ponto das anfitriãs para a torcida na Arena soltar o grito. Porém, o Rio de Janeiro permaneceu com os nervos controlados e sacando muito bem. O italiano Stefano Lavarini pediu tempo com o placar desfavorável em 7 a 2. A recepção das mineiras começou instável, favorecendo o ritmo forte das cariocas. Gabi mostrava a capacidade em passar pelo bloqueio quando era acionada por Roberta. A defesa do Sesc/Rio de Janeiro também começou impecável. Mas quando o Minas conseguiu se aproximar, com a diferença caindo para dois pontos, Bernardinho parou o jogo. Muito pressionada pela torcida, Drussyla sentiu o peso das provocações e acabou entrando em uma sequência ruim. Minas aproveitou o momento e empatou o jogo em 17 a 17. Bernardinho sacou a jogadora para a entrada de Penha. O 23° do Minas rendeu bastante discussão, Bernardinho quase invadiu a quadra pedindo toque no bloqueio, não sinalizado pela arbitragem. No fim do set, as mineiras venceram por 25 a 23, com uma grande virada no placar.

Segundo set

Antes de a bola subir no segundo set, a levantadora Roberta levou cartão amarelo, ainda por conta das reclamações do set anterior. O Minas começou mais concentrado e fez os três primeiros pontos. As meninas do Sesc/Rio de Janeiro estavam sem o mesmo ritmo. Bernardinho pediu tempo com o placar anotando 5 a 1 para as donas da casa. As mineiras também tiveram seu momento de queixa contra arbitragem, quando o dono do apito marcou rede de Carol Gattaz. Porém, o bloqueio do Minas funcionou bem, abafando qualquer descontração. O Sesc/Rio de Janeiro cresceu durante o segundo set, fato que fez o italiano Stefano Lavarini parar o jogo. O "paredão" do Minas evoluiu bastante no decorrer do jogo. Mas o Rio de Janeiro também tem sua força de reação e igualou o placar: 14 a 14. A torcida vibrou bastante quando Hooker foi acionada. Essa foi a primeira vez dela em quadra em todo o torneio. A norte-americana passou por uma cirurgia na virilha antes do início dos jogos. Com o Rio na frente, com 18 a 16, o técnico das anfitriãs pediu tempo. Rosamaria caiu em quadra com dores no tornozelo esquerdo, já na reta final do set. Ela se recuperou e voltou ao jogo. No fim do set, as cariocas venceram por 25 a 22.

Terceiro set

Assim como fez nos dois sets anteriores, o Minas começou sacando na ponteira Drussyla. A tática funcionou, com os primeiros pontos a favor das donas da casa. Bernardinho parou o jogo com 5 a 1 para o Minas. A estratégia adiantou, pois as cariocas se aproximaram do placar. Os dois clubes alternavam a liderança mostrando por que estão entre as principais do país. Lavarini tentou voltar com Hooker para o jogo, mas não foi como esperado. A oposto não conseguiu render, até por estar voltando de lesão. Entrando na parte decisiva do set, o placar mostrava 19 a 18 para o Sesc/Rio de Janeiro. Com dois aces, Macrís colocou o Minas na frente. Outra vez o Rio de Janeiro reclamou da marcação da arbitragem, que sinalizou desvio no bloqueio carioca. No momento decisivo do jogo, Gabi atacou para fora e o Minas fechou em 25 a 23.

Quarto set

O Minas largou na frente, o Rio deixou tudo igual. A qualidade das duas equipes deixava o jogo imprevisível na Arena em Belo Horizonte. Quando conseguiu controlar as ações, o Rio conseguiu abrir quatro pontos de vantagem: 6 a 2. Hooker teve nova chance e conseguiu um bloqueio na primeira jogada, mexendo com a torcida. A norte-americana ainda fez outro ponto em seguida. Bernardinho parou o jogo com a 7 a 5 para o seu time. O Sesc/Rio de Janeiro continuou melhor e fez 15 a 9 no placar. As jogadas com as centrais funcionavam bem no Rio. A vantagem das cariocas chegou a oito pontos. Com 21 a 15, depois de as mineiras marcarem dois pontos, Bernardinho pediu tempo. No ace de Roberta, a equipe visitante aumentou a vantagem e a tranquilidade para fechar o set em 25 a 15, maior disparidade em toda a partida.

Tie-break

O primeiro ponto foi do Rio de Janeiro no set mais curto. O Minas empatou em seguida. Ninguém queria deixar o adversário abrir vantagem no set mais curto. As mineiras conseguiram fazer 3 a 1, e Bernardinho pediu tempo. O Minas seguiu melhor e novo tempo técnico foi solicitado: estava 7 a 3 para as mineiras. Quando o Rio fez dois pontos seguidos, o italiano do Minas é que parou o jogo. As mineiras tinham uma boa vantagem no momento crucial do jogo: 11 a 6. As equipes continuaram trocando pontos, com 13 a 8 no placar a favor das donas da casa. Carol Gattaz subiu alto para bloquear Gabi e fazer o match point. A torcida do Minas não se conteve e soltou o grito antes da hora, mas deu certo. Com um toque na rede, o Minas foi tricampeão sul-americano e garantiu presença no Mundial de Clubes: 15 a 9 na final.

Classificação das outras equipes do Sul-Americano

Na disputa do terceiro lugar, as peruanas do Regatas Lima venceram as argentinas por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/15 e 25/15. O quinto lugar ficou o Boca Juniors e a última colocação terminou com o San Simón, atletas da Bolívia.


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