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Murilo festeja sobrevida no vôlei como líbero

Murilo em treino do Sesi antes de partida da semifinal contra o Sesc-RJ (Foto: Renan Rodrigues/CBV)

Duas medalhas olímpicas, três em Campeonatos Mundiais, outras oito em Ligas Mundiais. Mesmo com o currículo robusto, Murilo Endres encara a final da Superliga contra o Cruzeiro, que começa às 15h deste sábado, como um dos pontos alto de sua carreira, hoje renascida.

Há 12 meses, o jogador de 36 anos não sabia se voltaria a jogar em alto nível. Primeiro, porque as dores nas costas, nos joelhos e nos ombros -aliadas a várias cirurgias- o impediam de desempenhar as funções que o estabeleceram como um dos principais atletas do mundo entre o final da década passada e o início desta. Depois, porque o flagrante com o diurético furosemida o afastou das quadras por oito meses.

Enquanto aguardava o fim da punição por doping, Murilo deixou a posição de ponta e tornou-se líbero, sobretudo para poupar o castigado corpo. A estreia na temporada ocorreu tardiamente, no dia 16 de dezembro, e ele se sentiu perdido na nova função. Porém, com o passar dos meses, a confiança veio e ele se consolidou como um dos pilares do Sesi, que disputa sua quarta decisão de Superliga, curiosamente todas contra o Cruzeiro -o time perdeu três vezes e ganhou uma.

Na semifinal, a sua equipe despachou o Sesc-RJ ao vencer três jogos da série em melhor de cinco partidas. O time mineiro suou mais. Teve de jogar cinco partidas duras contra o Taubaté, que chegou a abrir 2 a 0 na série, mas permitiu a virada.

- Para mim, era um desafio mudar de posição. Os problemas físicos me incomodavam e atrapalhavam muito, e com isso estava ficando muito desanimador. Ao virar líbero, ganhei uma sobrevida no vôlei. Foi a melhor escolha que fiz, e é prazeroso disputar uma final em uma posição diferente - afirmou o gaúcho.

Sem a alteração, Murilo disse que provavelmente teria optado pela aposentadoria. Agora, prevê ao menos mais dois anos nas quadras devido a duas motivações: completar 20 anos como profissional, o que ocorrerá no ano que vem -ele estreou em 1999, pelo Banespa- e dez anos de atuação pelo Sesi, equipe da qual é o maior astro. Na ânsia de atingir os objetivos, ele tem ignorado até mesmo novas dores que o acometem.

- As dores nos cotovelos ainda me incomodam, e não consigo nem atacar [em recreações] nos treinos. Mas não posso reclamar. Minhas costas, joelhos e ombros reclamam menos - brincou Murilo, cuja esposa, a bicampeã olímpica Jaqueline, também se tornou líbero recentemente.

Em sua nova versão, o jogador só pestaneja quando indagado sobre a pretensão de voltar à seleção brasileira, pela qual atuou por mais de dez anos.

- Ficar pensando e sonhando com a seleção não cabe agora. Meu foco está todo dirigido à final contra o Cruzeiro, que vai ser um super jogo - disse.


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