- Rezamos para que todas se mantenham em forma e que tudo dê certo porque o segredo do Mundial, torneio de cerca de um mês com jogos quase todos os dias, é ter elenco para revezamento e que este elenco esteja bem preparado fisicamente. A única atleta que ainda com quem corremos contra o tempo é a Natália, que precisa seguir os protocolos de recuperação, assim como foi feito com a Gabi. As outras estão se encaixando na programação e melhorando condição física, de força e potência. Mas, sim, conto com a Natália para o Mundial. Ela está forte, fazendo bem a parte física e super seca, sem gordura - disse Zé Roberto, que, em função, de todos estes processos, avaliou como positivo o quarto lugar na Liga das Nações, última competição, encerrada no início de julho. - Gabi jogava um set por partida, Suelen e Drussyla se machucaram, Gabiru atuou apenas na última etapa, Thaísa e Dani Lins não jogaram esta competição e foram para a Copa Pan-americana para pegar ritmo... Isso sem contar os deslocamentos entre os vários países, Turquia, Holanda, Itália, China e por aí vai.
- Ela não teve o cuidado necessário na Turquia e a contusão se agravou. Quando chegou eu fiquei preocupado. Foram três meses sem jogar e sem treinos desde fevereiro. Ainda não chegou ao protocolo de salto, que deve acontecer em setembro, antes fará o de aterrissagem.
A contusão de Natália se agravou na última temporada de clubes. A jogadora, que estava há dois anos no Fenerbahçe, na Turquia, resolveu voltar ao Brasil para focar na recuperação e no Mundial. Ficou cerca de três meses no Centro Dois Andares, sob orientação do preparador físico da seleção, José Elias Proença, e também trabalhou com a equipe médica do Minas, seu atual clube.
- Lá fora é mais complicado, eles não tem os mesmos recursos que temos no Brasil nessa questão da parte médica e de fisioterapia. Não tenho o que reclamar do Fenerbahçe que sempre tentou me ajudar, mas a qualidade do trabalho não é tão boa. Os médicos diziam que eu estava bem, mas na verdade eu não estava. E essa lesão vai piorando aos poucos. No final, estava tão agudo que não conseguia nem trotar - lembra a atleta, que pagou fisioterapia por fora para tentar amenizar sua condição. - Também comprei equipamentos para usar fora do clube mas acho que tudo bem. Vejo como um investimento na minha saúde, não em gasto.
A jogadora, que irá para o seu terceiro mundial, diz que não é ansiosa mas que está "cansada" de ficar apenas na musculação e fisioterapia. Ela comemorou o reinício dos treinos na quadra, na semana passada. Brinca que também "conta com ela mesma" no torneio no Japão.
Thaíssa contou que ainda sente dores mas que são controladas. Voltou a saltar quando iniciou a preparação para a Copa Pan-americana, encerrada em em 14 de julho. Disse que foram quase 15 meses sem jogar em alto nível. Para ela, a chave em sua recuperação foi a cabeça, o pensamento positivo. Mas, preferiu não fazer previsões sobre quanto tempo o "novo joelho" aguentará.
- Me sinto muito bem, mas ainda tenho dores. Acredito que sentirei por um bom tempo. Mas é controlado, tenho pessoas a minha volta que controlam também para eu não exceder. Mas a pior parte foi mesmo nos três primeiros meses, quando não podia colocar o pé não chão e muita gente dizia que eu não iria mais jogar - lembra a central - Não faço ideia de quanto tempo meu joelho vai aguentar. E não devo pensar assim. Aguentar é negativo. Farei o máximo no maior tempo possível. Se Deus quiser vou chegar no nível das meninas.
No momento estão treinando em Saquarema as levantadoras Dani Lins e Roberta, a oposta Tandara; as centrais Thaisa, Adenízia, Carol e Bia e as ponteiras Gabi, Natália, Amanda, Drussyla, Rosamaria e Fernanda Tomé e as líberos Gabiru e Suelen.
Até o Mundial, o Brasil fará amistosos contra EUA e disputará Montreux Volley Masters, de 4 a 9 de setembro, na Suíça. O Brasil enfrentará a Rússia, Polônia e Camarões. Se avançar para a fase seguinte, cruzará com o grupo de China, Itália, Turquia e Suíça. Zé Roberto levará a equipe do Mundial para encerrar a preparação.
Já os amistosos serão no Brasil contra a seleção americana, campeã da Liga das Nações. O primeiro confronto será no dia 12 de agosto, em Brasília, às 10h, com transmissão ao vivo da TV Globo. Depois, dias 14, às 19h, e 16, às 20h, em Uberaba, ambos com transmissão do Sportv. O último, no dia 18, às 19h30, acontecerá no Rio, no Maracanãzinho, também com Sportv.
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