Publicidade

Header Ads

Brasil domina a Sérvia na semi e vai jogar pelo tetra no Mundial

Foi uma atuação digna de aplausos, aquele dia em que quase tudo deu certo. O saque entrou, o passe foi na mão de Bruninho, o bloqueio chegou em todas, os atacantes não se intimidaram. O ensaio de reação no início do terceiro set foi logo contido e, num surpreendente 3 a 0, com parciais de 25/22, 25/21 e 25/22, o Brasil dominou a Sérvia. Uma vitória maiúscula, que garantiu vaga na final do Mundial masculino de 2018. Será a quinta decisão seguida da seleção no evento, o último passo em Turim em busca do tetracampeonato.
- É um sonho, estava falando com minha esposa sobre isso. Tenho o sonho de ser campeão mundial e agora terei essa oportunidade - disse o central Maurício Souza, que fez 30 anos neste sábado.
O Brasil começou a partida com Bruninho, Maurício Souza, Lucão, Douglas Souza, Lipe e Thales, com Maique assumindo a vaga de líbero toda vez que a seleção defendia. No início, o saque foi o diferencial – para o bem para o Brasil, para o mal para a Sérvia. Bruninho cravou dois aces, e Wallace também teve boa passagem no serviço e no ataque.
Na primeira parada técnica a margem era de quatro pontos (8/4). Os europeus seguiram pecando no fundamento, enquanto o jogo do Brasil fluiu. Bruno passou a variar mais as jogadas usando Lipe, Douglas e Lucão, e a margem até cresceu (16/11).
Depois da parada técnica, porém, a Sérvia entrou no jogo. Lisinac, Ivovic e um erro de Wallace fizeram a diferença minguar para dois pontos, e Renan pediu tempo. Wallace atacou de novo para fora, e o Brasil ficou só um ponto à frente (16/15).
A Sérvia parou o jogo quando o Brasil fez 20/17, e o placar seguiu parelho. Renan promoveu a inversão do 5-1, e Evandro alargou a margem de novo (23/20), e Grbic pediu tempo. O Brasil desperdiçou dois set points, e Renan gastou o segundo pedido de tempo. Douglas, na diagonal longa, encerrou o papo: 25/22.
O Brasil deu pinta de que largaria fácil no segundo set quando Lucão, em ace, abriu 4 a 2. Mas a Sérvia endureceu rapidinho, e o placar ficou parelho. O bloqueio brasileiro acompanhava bem todas as jogadas, mas Kovacevic apareceu bem e encontrou espaços. Depois da segunda parada técnica, finalmente a seleção deslanchou – e graças ao bloqueio. Wallace e Lucão, duas vezes, pararam os atacantes adversários e levaram a margem a quatro pontos (19/15).
Bruninho comemora ponto do Brasil contra Sérvia — Foto: FIVB
Após a entrada de Evandro e um desafio vencido, a diferença foi a cinco, e Grbic parou o jogo mais uma vez (23/18). O Brasil desperdiçou dois sets points (assim como no set anterior), e Renan pediu tempo. A seleção ainda perdeu mais um ponto, mas o saque de Podrascanin na rede finalmente encerrou a parcial: 25/21.
Estava fácil demais para ser verdade. Finalmente o saque sérvio entrou, e o bloqueio pareceu intransponível. No ace de Kovacevic, com 3 a 0 no placar, Renan pediu tempo. O Brasil buscou a diferença também em bons bloqueios de Lucão e Maurício. A Sérvia voltou a alargar a margem para três (9/6), e Renan apostou cedo na inversão do 5-1 - que seria mantida até o fim. O time reagiu bem, e o empate veio pelo ataque de Douglas na paralela (9/9). Grbic parou e freou a reação.
No ace de Atanasijevic a Sérvia voltou a abrir três, e Renan gastou o segundo pedido de tempo (15/12). Foi providencial. Douglas, duas vezes, e Maurício, igualaram. Lipe pegou de xeque e virou para deixar o Brasil na liderança na segunda parada técnica (16/15). O jogo seguiu duro, com a Atasijevic e Kovacevic dando trabalho. William manteve a seleção na frente explorando as jogadas de meio com Maurício e Lucão.
No erro do oposto sérvio, a diferença foi a dois (23/21) em um momento crítico, e Grbic pediu tempo. William, do alto de de seu 1,86m, bloqueou para levar o Brasil ao match point. A Sérvia ainda salvou um, mas uma pancada de Lucão selou a classificação. Um 25/22 no terceiro set e mais uma final pela frente. A quinta seguida. E o sonho do tetra mais vivo que nunca.
- É especial, talvez a chegada nesse Mundial tenha sido a menos esperançosa. Fizemos nossa melhor partida no Mundial, e esse grupo tem mostrado desde a Olimpíada que quando chega na decisão tem a cabeça muito focada. A gente tem errado poucos ataques, quanto menos erros a gente tem, mais pressão colocamos no adversário - afirmou Lucão, em grande fase.


Postar um comentário

0 Comentários