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Leila do Vôlei é a primeira mulher eleita para o Senado no Distrito Federal



Das quadras à areia, Leila Gomes de Barros (PSB), 47 anos, ou simplesmente Leila do Vôlei, teve uma carreira vitoriosa no voleibol. Pela seleção, destaca-se a conquista das medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta e Sidney, de ouro nos Jogos Pan Americanos de Winnipeg e os três campeonatos do Grand Prix. Individualmente, foi eleita a atleta feminina do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em 2000, e, por duas vezes, a melhor jogadora do Grand Prix. Mas talvez o maior desafio de sua vida começa agora, com a vitória obtida nas urnas: o título de primeira mulher senadora eleita pelo DF, com 17,8% dos votos válidos.

Pela estatura (1,79m), o salto era uma de suas características mais marcantes em quadra, que a permitia alcançar a bola a 3m do chão. Na carreira política, a ex-jogadora também "pulou" etapas e elegeu-se senadora sem experiência prévia em cargos eletivos. Chegou a disputar uma cadeira na Câmara Legislativa em 2014. Recebeu 11.125 votos e ficou como suplente de seu partido. O cargo mais influente que ocupou, até a vitória desta eleição, foi a Secretaria de Esportes e Lazer do DF no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) entre 2015 e o início de 2018.

Dona Francisca, a mãe, é a razão de tudo o que aconteceu na meteórica carreira política da filha. Antes de morrer, em 2003, a matriarca pediu que ela ajudasse os jovens menos favorecidos a praticar e crescer no mundo do esporte. Nessa época, a ex-jogadora trabalhava como comentarista no Rio de Janeiro e estava em ascendência na carreira.
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Leila retornou a Brasília em 2006 e, junto da amiga e conterrânea Ricarda Lima, ex-líbero da seleção, começou um projeto social que beneficiou 50 mil crianças, adolescentes e adultos. Criaram e administram, há cinco anos, o Brasília Vôlei, equipe de alto rendimento que participa da Superliga Feminina de Vôlei, o campeonato mais importante do Brasil. Além da Secretaria de Esportes do DF, a senadora eleita compôs o Conselho Nacional do Atleta e o Conselho Nacional do Esporte, que atuam na defesa dos interesses dos esportistas e norteiam as discussões do Ministério do Esporte.

Família e início da carreira

Filha do mecânico Francisco e da dona de casa Francisca, Leila nasceu em 30 de setembro de 1971, em Taguatinga. Cresceu na cidade e, junto do irmão mais novo, o músico Marcelo Cram, e só saiu de lá aos 13 anos, quando ganhou uma bolsa de estudos em um colégio particular do Plano Piloto. Por conta da distância de sua casa, teve de morar num quartinho dos fundos da instituição de ensino por três anos e meio.

O vôlei já era sua prática esportiva favorita, junto do handebol. Com 17 anos, em 1988, iniciou a carreira profissional em Belo Horizonte (MG), no Minas Tênis Clube. Dois anos depois já estava no elenco da Seleção Brasileira e só parou de jogar em 2008, quando se despediu do esporte. Nesse tempo ainda atuou no vôlei de praia, sendo uma das duplas a representar o brasil nos circuitos no mundo.

E foi nas areias que a ex-atleta conheceu Emanuel Rêgo, multicampeão de vôlei de praia com a camisa do Brasil. Casados há 15 anos, eles têm um filho de 7 anos, Lukas Rêgo, que, mesmo muito novo, já indica que seguirá o caminho do esporte


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