Publicidade

Header Ads

Brasil bate Irã em jogo tenso e está na semifinal da Liga das Nações

Flavio ataca forte - meio esteve bem no jogo — Foto: FIVB

O duelo contra o Irã era oficialmente válido pelo Grupo B da fase final da Liga das Nações, mas, por conta dos resultados, se tornou praticamente umas quartas de final não oficial. Afinal, era confronto direto: quem vencesse, seguiria para a semifinal, e quem perdesse, iria para casa. Melhor para o Brasil que, em um jogo tenso, que precisou usar muito o banco, venceu por 3 sets a 2 (25/20, 25/23 e 24/26, 20/25 e 15/10) e segue vivo na luta pelo título.

O Brasil começou melhor, fez 2 a 0, mas teve muitas dificuldades na virada de bola, principalmente a partir do terceiro set. Enquanto isso, o Irã cresceu e, empurrado por sua torcida, conseguiu empatar em 2 a 2. No quinto set, o time asiático começou melhor, abriu três pontos de vantagem (8 a 5), mas o Brasil reagiu e venceu o jogo.

O Brasil entrará em quadra neste sábado, às 19h para disputar a semifinal. O adversário será o vencedor do duelo entre Rússia e Estados Unidos, que acontece ainda nesta sexta. A disputa de terceiro lugar e a final serão no domingo.

Pelo Brasil, os nomes que mais se destacaram foram Flavio com 12 pontos, sendo três de bloqueio e oito de ataque, e Lucarelli que, muito bem no saque, foi fundamental para a vitória brasileira. O ponta acabou o jogo com 6 pontos no fundamento e 16 no total (maior pontuador do Brasil). Alan, com 10 pontos, foi fundamental na reta final do jogo.

O levantador Marouf fez uma partida espetacular. Ele conduziu a equipe do Irã com maestria, principalmente a partir do terceiro set. Várias vezes, seus atacantes bateram sem bloqueio ou com o simples. Ebadipour foi o maior pontuador do jogo com 22 pontos.

Time com mudanças

O técnico Renan Dal Zotto decidiu fazer mudanças na equipe titular. Cachopa entrou no lugar de Bruninho, e Douglas Souza formou a dupla de ponteiros com Lucarelli, com Leal de opção no banco. A intenção era usar o melhor momento do levantador e dar estabilidade no passe com o ponta. Deu certo em parte. Cachopa fez um jogo regular, mas Douglas esteve longe das grandes atuações que o levaram a ser eleito um dos melhores ponteiros do Mundial. Ele deixou o jogo ainda no meio do primeiro set para a entrada de Mauricio Borges. Cachopa acabou também saindo no fim do terceiro set para a entrada de Bruninho, mas voltou na quinta parcial.

O jogo

Dois aces de Lucarelli a quase 110 km/h colocaram o Brasil com vantagem de três pontos no placar (8 a 5). O Irã sentiu o golpe e, na jogada seguinte, errou na armação do ataque. Depois, tomou mais um ace de Lucarelli (10 a 5), e levou mais um ponto do ponteiro, agora de ataque, após defesaça de Maique. Perdido, o Irã foi se enrolando e permitiu que o Brasil abrisse cinco pontos até tirar Lucarelli do saque (13 a 8).

Parecia que o Brasil levaria a primeira parcial com facilidade. Mas só parecia. O Irã se achou e o Brasil deu pane em quadra. Erros de passe, de ataque e até de formação do bloqueio permitiram que a seleção asiática encostasse no placar ainda no meio do set (16 a 14). Ghafour acertou um ace e aproximou de vez (20 a 19). Mas três pontos seguidos de Flavio deram o respiro necessário para o Brasil fechar o set em 25 a 20.

Maique comemora defesa — Foto: FIVB

Maique comemora defesa — Foto: FIVB

No segundo set, mais uma vez dois aces de Lucarelli abriram vantagem para o Brasil (7 a 4). Forçando o saque e contando com a irregularidade do Brasil, o Irã se aproximou e virou o jogo em um erro de passe de Thales (15 a 14). Com um ace de Ebadipour, o Irã abriu dois pontos (19 a 17). O Brasil reagiu. Flavio fechou a porta no bloque e na jogada seguinte Mousavi atacou para fora (21 a 21). Com uma caixinha de Wallace no saque, a seleção passou à frente (23 a 22). E, num ataque na diagonal curta de Lucarelli, o Brasil fechou em 25 a 23.

A empolgação pela vitória no segundo set durou pouco. O Irã voltou com tudo e abriu de cara quatro pontos no toco em cima de Wallace (5 a 1). O Brasil tentava reagir, mas as atuações seguras de Ghafour, Fayazi e Ebadipour impediam que a seleção se aproximasse no placar. Os erros de ataque do Brasil dificultavam também. Renan fez a inversão 5-1, e com Bruninho e Alan bem no jogo, decidiu mantê-los até ao fim. Com três bloqueios de Flavio e defesaças de Bruninho, o time empatou na hora H (22 a 22). O jogo ficou lá e cá, mas o Irã conseguiu um contra-ataque após erro de passe de Maurício Borges e fechou em 26 a 24.

 

O bom fim na quarta parcial fez com que Renan mantivesse Bruninho e Alan em quadra nos lugares de Cachopa e Wallace. E o set começou equilibradíssimo. Nenhum time conseguia abrir dois pontos de vantagem. O Irã continuava apostando forte no meio com Mousavi. O Brasil respondia com Flavio e Alan, principalmente. E foi o oposto quem conseguiu dar a primeira folga no placar ao Brasil ao parar Fayazi no bloqueio (10 a 8). Ghafour parou em Lucarelli e a seleção abriu mais um (11 a 8). Porém, dois saques de Mousavi recolocaram o Irã no jogo (14 a 13). Ebadipour, com um ponto no ataque e dois bloqueios em Alan, virou para a equipe asiática (17 a 15).

Cachopa e Wallace voltaram à quadra na inversão 5-1 na tentativa de mudar o jogo. O oposto já chegou espancando a bola na diagonal curta. Leal também entrou em quadra no lugar de Maurício Borges. O Brasil ensaiou uma reação, mas um toco de Shafiei em Wallace deu uma margem tranquila para o Irã (21 a 18). O abatimento na quadra brasileira era visível e a vibração do outro lado era enorme. A vitória iraniana no set era questão de tempo: 25 a 20.

Pro quinto set, mais mudanças. Bruninho seguiu como titular, mas Wallace entrou na vaga de Alan. Assim como nos sets anteriores, o Irã se mostrava muito mais forte na virada de bola e o Brasil buscava alternativas precisando muitas vezes de duas ou três tentativas até fazer o ponto. Mesmo assim, a parcial seguiu equilibrada até o erro de ataque de Flavio (6 a 4). O Irã seguiu melhor, e abriu 8 a 5. Renan fez a inversão 5-1 e, com Cachopa e Alan em quadra, conseguiu empatar em 8 a 8 em uma bola empurrada pelo levantador que deixou a equipe asiática revoltada, pedindo invasão. Depois de muita gritaria e reclamação, a arbitragem manteve a marcação. Alan foi para o saque e ...ace: 9 a 8.

Num ace de Lucarelli a 116 km/h, o Brasil abriu três pontos (12 a 9). A partir daí foi administrar o jogo até fechar em um bloqueio de Leal por 15 a 10



Postar um comentário

0 Comentários