Fofão quer chance em clube de ponta, mas não descarta aposentadoria


Fofão levantadora vôlei evento (Foto: João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)

Fofão está tranquila. Sem clube desde o fim da última temporada turca, quando jogava pelo Fenerbahçe, a levantadora não se desespera. Quis voltar para jogar no Brasil, mas as propostas não agradaram. Enquanto ainda aguarda uma chance em um clube de ponta, a campeã olímpica com a seleção de vôlei não descarta o retorno ao exterior nem mesmo o fim da carreira nas quadras.

- Por enquanto, estou só por aí. Apareceram alguns times para jogar no Brasil, mas nada acabou não se concretizando. Estou num momento diferente da minha vida. Eu quero algo bacana ainda. Talvez eu fique esse ano sem jogar. Eu queria jogar no Brasil, mas isso não aconteceu. Acho que tenho condições de jogar em time bom, preferi não jogar em qualquer time. Mesmo que eu fique parada esse ano, se no ano que vem eu estiver animada, com vontade, eu volto. Se não, eu encerro a carreira, sim. Estou esperando alguma coisa acontecer.

Fofão diz ter recebido propostas de algumas equipes menores para disputar a Superliga neste ano. Agradeceu o convite, mas preferiu recusar. Aos 41 anos, acredita que ainda pode atuar em alto nível e brigar por títulos.

- Tinham coisas, mas eram difíceis por diversos fatores. Acho que eu não estava preparada para o tipo de desafio que vinha pela frente. Era o tipo de coisa que eu não queria para mim ainda. Mas eu agradeço, sei das dificuldades de alguns times têm para levar atletas. Mas quero algo diferente para mim, mais competitivo. Não descarto nada, agradeço, porque a vida dá voltas, ainda não sabemos o que vai acontecer. Até porque, ainda tenho vontade de continuar jogando.

Para não perder o ano, Fofão acredita que o caminho será o retorno à Europa. A levantadora não revela a proposta, mas diz que, caso não se confirme, não terá problemas em encerrar a carreira.

- As coisas ainda não deram certo no Brasil. Se eu jogar fora do Brasil, não é uma coisa muito grande, mas é lugar onde eu possa estar tranquila, pelo menos é um ano que eu não perco. Mas se eu tiver que parar, não tem problema nenhum.

A levantadora também acompanhou a queda da seleção de José Roberto Guimarães na Copa do Mundo do Japão. Para ela, as constantes mudanças na equipe atrapalharam o rendimento em quadra. Ainda assim, acredita em uma volta por cima.

- A seleção teve altos e baixos, sentiu um pouco a perda de algumas jogadoras, o revezamento o tempo inteiro. Não conseguiu encontrar a melhor formação durante o campeonato. É uma competição muito longa e qualquer vacilo, como perder set e jogos, fica muito caro para o Brasil. Agora, tem que tirar o proveito disso. É uma seleção com condições de chegar a uma medalha olímpica – garantiu.

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