Durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro em 2007, Nancy foi eleita a melhor jogadora, se destacando na decisão contra o Brasil. Mas, no final de 2009, depois de defender a seleção de Cuba por oito anos, Nancy pediu dispensa definitiva e precisou cumprir uma regra rigorosa para quem abre mão das seleções nacionais.
- Quando se deixa a seleção, da última competição, são dois anos para poder jogar em qualquer país. Ficava na minha casa, sem fazer nada. Não podia fazer nada - relembrou a jogadora de 1,90m.
Sem o esforço físico da vida de atleta, a meio de rede engordou 25 quilos, mas mesmo assim recebei uma proposta do São Bernardo, equipe paulista. O momento mais difícil foi conseguir a liberação para deixar o país.
- Existe um papel que a imigração de Cuba exige. Só com ele você pode sair do país e isso foi o mais difícil. Foram oito meses esperando esse papel.
A cubana chegou ao Brasil acima do peso e sem ritmo de jogo. Precisou de dieta, disciplina e dezenas de treinamentos extras. Há três meses no país, Nancy vive a expectativa de retornar às quadras durante a Superliga Feminina, mas enquanto esse dia não chega ela treina muito. Sua estreia poderá ser em janeiro, mas ela ainda depende de um documento da Federação Internacional. Nos treinamentos a jogadora mostra que não perdeu o jeito nem a força.
- Vou jogar como sempre joguei em Cuba, mas melhor. Nunca para baixo, sempre para cima.
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