Vôlei Futuro tenta igualar feito do Minas

Na história do vôlei brasileiro, apenas um vez uma equipe conquistou, na mesma temporada, os títulos do principal torneio nacional – a atual Superliga já se chamou Liga Nacional, Campeonato Brasileiro e Taça Brasil. Foi o Minas, com o time masculino comandado por Giba, e o feminino, por Cristina Pirv, na Superliga 2001/2002. Desde então um clube não liderava as duas competições, tabu que acaba de ser quebrado pelo Vôlei Futuro, o primeiro colocado nas duas versões.

Não são muitas as equipes que disputam no masculino e feminino. Além do Minas, existia também o Pinheiros, que extinguiu seu time masculino, mas que nunca liderou ou conquistou títulos simultaneamente, e o Vôlei Futuro, que surgiu de um projeto social da Prefeitura de Araçatuba, no interior de São Paulo, com o objetivo de detectar talentos para defender o time da cidade.

O projeto, ao longo do tempo, foi sendo desvirtuado, pois não há jogadores locais no time titular. O clube conseguiu patrocinadores fortes e passou a fazer grandes contratações, como o levantador Ricardinho, o cubano Camejo, as meios de rede Walewska, Carol Gattaz, as ponteiras Paula Pequeno e Fernanda Garay e a oposto Joycinha.

No torneio masculino, o time paulista tem uma vantagem, depois de cinco rodadas, de três pontos sobre o segundo colocado, o Sesi, atual campeão; quatro sobre os terceiros, Cruzeiro e Florianópolis; e cinco sobre o quinto, o Minas.

No feminino, a situação está mais apertada. Lidera com 15 pontos, mesmo total do Osasco, mas leva vantagem no saldo de sets, já que venceu 15 e perdeu apenas um, enquanto o rival foi derrotado em três. O Minas aparece na terceira colocação, com 13, e o Rio de Janeiro, de Sheilla e cia. é o quarto, com 12.

Números
O sucesso das equipes de Araçatuba pode ser explicado pelas estatísticas. O time masculino se destaca tanto coletivamente quanto individualmente. Tem o melhor bloqueio e a melhor defesa da competição e ainda o segundo melhor saque e a segunda recepção. O oposto Lorena é o terceiro maior pontuador da Superliga, com 81 pontos, e em quarto aparece o cubano Oreol, com 788. Ele é também o melhor bloqueador do torneio. Na defesa, o levantador Ricardinho aparece na primeira posição, seguido pelo líbero do time, Mário Júnior.

Na equipe feminina os números também são excelentes. Tem a melhor defesa, está em terceiro no bloqueio e na recepção e tem o quarto aproveitamento de saque. Individualmente, a ponteira Fernanda Garay é a sexta maior pontuadora e terceira na recepção. A líbero Verediana é a quarta na recepção. Joycinha ocupa a terceira colocação na defesa e Ana Tiemi é a sexta melhor levantadora.

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