A seleção feminina de vôlei levou quinze jogadoras ao Pré-Olímpico Sul-Americano, que começa nesta quarta-feira em São Carlos, interior de São Paulo. Desse grupo, apenas doze puderam ser inscritas. Mari e Juciely foram cortadas da lista final, e Natália, que ainda se recupera da segunda cirurgia para retirada de um tumor benigno da canela esquerda, é uma acompanhante "vip" do time.
A jogadora fez a operação no final de dezembro e ainda não pode saltar. Mesmo assim, o técnico José Roberto Guimarães, que ainda espera contar com Natália para as Olimpíadas, trouxe a atleta junto com a delegação para São Carlos.
"Quero a Natália ao meu lado. Quero acompanhar a evolução dela dia a dia, perguntando cinquenta vezes por dia como ela está, como está sentindo aquele lugar da operação. Fico mais tranquilo assim", afirma o treinador.
Segundo Zé Roberto, se Natália voltar a saltar e estiver bem até um mês antes das Olimpíadas, ela deve ser convocada. Por enquanto, ela treina com a seleção sem muito esforço.
De fora, a mudança da jogadora é visível. Pouco depois da cirurgia, Natália já começou os treinos com musculação e ficou de olho na balança. Ela está bem mais magra do que na última vez que vestiu a camisa da seleção.
"Ela colocou na cabeça que vai disputar as Olimpíadas e fechou a boca. Deu certo", brinca Zé Roberto.
Para Natália, esse é o pior momento da carreira. "Não desejo isso para ninguém. É muito ruim querer ajudar e não poder", diz a ponteira. Mas ela segue confiante: "Não vou desistir até o último momento de estar em Londres". Ainda não há previsão para que ela volte a saltar e a treinar normalmente. Natália segue sendo acompanhada pelo médico da seleção, Ney Pecegueiro, e, por enquanto, ajuda como pode, fazendo fundo de quadra e atacando e sacando do chão.
Para chegar a Londres, o Brasil disputa, a partir desta noite, o Pré-Olímpico Sul-Americano. A seleção é franca favorita ao título. O campeão fica com a vaga nos Jogos.
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