O técnico Bernardinho não poupou críticas à Confederação Brasileira de Vôlei, em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo. Para o comandante, a situação na entidade, que vive crise é inaceitável e pode até provocar sua saída do cargo de selecionador da equipe. O treinador, contudo, descartou um dia se tornar mandatário máximo da CBV, mas pretende se envolver com a política do esporte.
Para o treinador, foram reveladas coisas que são realmente inaceitáveis. Bernardinho afirmou não ser conivente com esse tipo de coisa, pediu mudanças no sistema ou, caso contrário, ameaçou ir embora.
A crise no vôlei brasileiro começou em fevereiro com a publicação da série "Dossiê Vôlei", da ESPN Brasil. Na primeira reportagem, foi revelado que a SMP Logística e Serviços Ltda., de Pina, recebeu cerca de R$ 10 milhões para intermediar a renovação do contrato com o Banco do Brasil. A estatal, porém, informou que o acordo foi assinado diretamente com a CBV.
Na outra reportagem, a ESPN revelou que a S4G Gestão de Negócios, de Fábio Dias Azevedo, diretor geral da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), entidade presidida por Ary Graça, assinou dois contratos de prestação de serviços de representação e assessoria comercial no valor de R$ 10 milhões.

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