Fabiana lidera o Sesi-SP no Mundial de Clubes

Fabiana lidera o Sesi-SP em Zurique (Foto: Divulgação/Sesi-SP)

O frio na barriga, comum antes de uma estreia, não incomoda mais a central Fabiana. Aos 29 anos, a capitã do Sesi-SP é uma das mais experientes do time. Dois ouros olímpicos em três Jogos disputados e duas pratas em mundiais. O currículo dela é vasto, mas ainda tem espaço para novas competições e novas conquistas. A jogadora de 1,93m será estreante no Mundial de Clubes, em Zurique, na Suíça, a partir desta quarta-feira, mas a postura é de veterana, de uma líder em quadra.

- Eu nunca joguei o Mundial de Clubes, é uma experiência nova. Eu já joguei Mundial pela seleção adulta e pela de base. É um campeonato novo. Com certeza queremos sair com a vitória, mas não muda de agitação - disse Fabiana.

Fabiana tem grande vivência internacional em mais de uma década à frente da seleção brasileira. Ela também defendeu o Fenerbahçe, da Turquia, na temporada 2011/12. Por isso, a estreante fará o papel de experiente e passará seus conhecimentos para as companheiras - do time vice-campeão da Superliga Feminina de vôlei, apenas a ponteira Ivna e a central Bia já disputaram o Mundial de Clubes. A exemplo do que fez na reta final da competição nacional, a capitã chama a responsabilidade para si em Zurique.

- Eu tento o tempo inteiro ajudar, tento mostrar o que sei sobre jogar contra essas meninas internacionalmente. Falo as jogadas, o tempo de bola. Quero sempre poder ajudar, quero dar segurança ao time inteiro. Sempre vou chamar a responsabilidade. Vou pedir bola para a Dani Lins (levantadora).

Em sua segunda temporada à frente do Sesi, Fabiana vive sua melhor fase no time. Confiante, ela credita à comissão técnica a evolução que fez a central se tornar a bola de segurança da levantadora Dani Lins. Por isso, ela acredita que será bem marcada pelas adversárias no Mundial de Clubes, apesar de as equipes europeias não terem o hábito de focar a marcação nas centrais.

- Acho que vou ser mais marcada, sim. Aqui na Europa elas se preocupam mais com ponteiras. Não tem muita marcação com as centrais, mas se assistiram aos vídeos do Sesi, elas vão me marcar. No início não, porque quando jogamos pela seleção, elas não jogam tão fechadas, marcam primeiro as ponteiras.

O Sesi, que conquistou a vaga no Mundial ao vencer o Sul-Americano em cima do Osasco, estreia nesta quarta-feira, às 15h (de Brasília), diante do anfitrião Volero Zurich - as argelinas do Petroliers completam o grupo. Fabiana vê o time paulista com boas chances e aponta como favorito o russo Dinamo Kazan, atual campeão europeu.

- Conheço algumas meninas, acredito que o Dinamo seja a equipe mais forte, que tem a Gamova. Entramos no Mundial para ganhar. Temos condições de brigar por uma medalha e por uma final.



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