Lucarelli brilhou pela seleção em 2013
Clarissa Laurence, em Saquarema (RJ) – 16.05.2014
São apenas 22 anos de idade, mas Ricardo Lucarelli já é considerado por muitos como um jogador importante para a seleção brasileira masculina de vôlei. Em sua segunda temporada com a equipe adulta, sob o comando do técnico Bernardinho, o ponteiro se sente mais preparado para representar seu país.
Se a idade ainda é pouca, Lucarelli já tem a bagagem de ter enfrentado os três adversários que o Brasil terá pela frente nesta primeira fase da Liga Mundial. E o fato de conhecer todos dá a ele a certeza de que seu time terá dificuldades contra Itália (23 e 24 de maio, em Jaraguá do Sul), Polônia (29 e 30 de maio, em Maringá) e Irã (6 e 7 de junho, em São Paulo).
Mas o ímpeto e a disposição da juventude fazem com que o ponteiro se sinta pronto para o que está por vir. E ele assegura que o grupo estará disposto a superar toda e qualquer dificuldade que apareça ao longo do percurso de cerca de dois meses nesta Liga Mundial.
Qual o adversário mais difícil?
LUCARELLI: Na minha opinião, todos. A Polônia tem um time que tem a força como principal característica. Lembra o Brasil neste sentido, com jogadores fortes e também com habilidade. Time muito "jogueiro". É bem difícil rodar bola contra a Polônia. A Itália é um time tradicional e que conta com saque muito forte e um bloqueio muito bem arrumado. E o Irã tem um poderio de ataque um pouco menor em relação aos outros dois, mas, em compensação, tem uma linha de passe muito boa e sacam e defendem muito bem. Os três times, sem dúvida, são muito fortes.
Depois de jogar a Liga Mundial de 2013, você chega mais bem preparado para a edição deste ano?
A Liga Mundial do ano passado foi o meu primeiro campeonato como titular da seleção adulta e o primeiro jogo foi bem complicado. Além disso, a partida foi na Polônia, onde a torcida é completamente apaixonada por vôlei e dá muito apoio ao time da casa. Vivi uma ansiedade grande, sem saber o que ia acontecer em quadra e comecei pensando mais no final do jogo do que no início. Isso passou. Agora, entro em quadra um pouco mais tranquilo. Já foram vários jogos nesse nível e já estou menos ansioso. Procuro pensar em ajudar a equipe da melhor forma possível.
Essa é a principal característica que você sente que mudou no seu jogo?
Agora já sei mais o que eu consigo fazer, como o jogo se desenvolve, como é enfrentar as seleções adultas em campeonatos de nível fortíssimo. Um fato que aprendi é que, nessa condição, temos que ter mais cabeça para administrar o jogo, já que nem sempre o mais importante é derrubar bola. São muitos detalhes que aprendemos só jogando mesmo e que são fundamentais para que o atleta amadureça e saiba lidar melhor com o jogo.
Como chega a seleção brasileira para a Liga Mundial?
Esse ano a nossa situação ficou um pouco mais complicada porque vamos ter pouco tempo de treinamento com todo o grupo junto. Os atletas do Sada Cruzeiro jogaram o Mundial de Clubes e chegaram depois, assim como os que estiveram nos campeonatos europeus. No ano passado, tivemos um tempo curto, mas com todos. Esse ano só juntamos o grupo uma semana antes do campeonato. Acredito que vamos ter uma certa dificuldade nesse sentido, mas a seleção brasileira sempre usa de muita garra, força de vontade e determinação para superar qualquer obstáculo que aparecer.
A Liga Mundial de 2014 estará presente em duas cidades onde a seleção masculina nunca esteve presente. O que você espera da torcida?
Nunca joguei em Jaraguá do Sul e não tenho muitas informações sobre a torcida local, mas, claro, esperamos contar com o apoio do pessoal catarinense. De Maringá, temos uma referência, já que os torcedores lotaram todos os jogos do Moda/Maringá na Superliga 13/14. Joguei a Copa Brasil pelo Sesi-SP lá também e vi de perto como a torcida é participativa em uma partida. E em São Paulo as pessoas já são acostumadas a torcer sempre pelo vôlei brasileiro. Sem contar que, seja onde for, a nossa torcida comparece e sempre nos ajuda muito.
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