"É um dos cinco maiores jogadores da história do vôlei. Um dos mais velozes, técnicos e versáteis que eu conheci". Assim o técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães definiu o ponteiro Giba, que anunciou nesta sexta-feira, aos 37 anos, a aposentadoria das quadras.
Zé Roberto foi o primeiro técnico a convocar Giba para a seleção brasileira principal, em 1995. "Com 18 anos ele já voava", lembra o treinador tricampeão olímpico (uma vez com a seleção masculina e duas com a feminina).
Para o meio de rede Gustavo, companheiro de seleção nas medalhas olímpicas de 2004 (ouro) e 2008 (prata), Giba é o destaque de uma equipe que mudou os parâmetros do vôlei. "Foi o melhor jogador da nossa geração. Sem ele não teríamos conquistado tudo que conquistamos".
O jogador conta que Giba era tão bom e completo que uma equipe cheia de estrelas jogava para ele. "Calhou de ter um levantador (Ricardinho) que imprimia velocidade nas bolas. A velocidade sempre foi seu (Giba) diferencial, não só de perna, mas de braço também." Gustavo diz que com esta combinação a seleção criou uma equipe imprevisível.
O Brasil mudou a maneira como o vôlei é praticado em alto nível. Por não ter atletas tão altos e com força física, como a Rússia, por exemplo, a equipe do técnico Bernardinho apostava na velocidade e no talento. "Nossa geração deixou uma marca", lembra Gustavo.
Companheiro de títulos na mais brilhante geração do vôlei brasileiro, André Nascimento ressalta a liderança de Giba na seleção. "Era um cara que se doava totalmente. A imagem, o espírito de luta contagiavam. O cara era um líder. A gente brincava: o último ponto é o Giba que vai resolver".
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