Após um começo perfeito, polêmicas e receber uma sanção financeira da Federação Internacional de vôlei (FIVB), o Brasil entra em quadra neste sábado pela semifinal do Mundial. Uma vitória contra a França, a partir das 11h40 (horário de Brasília), fará a equipe superar de vez a Itália e igualar um feito de uma antiga potência.
Na década de 90, os italianos, assim como os brasileiros, chegaram a três finais consecutivas do torneio e conquistaram três títulos: 1990, 1994 e 1998. Mas, da última conquista para cá, a seleção europeia nunca mais chegou a uma decisão.
Sob o comando de Bernardinho, o Brasil foi campeão em 2002, 2006 e 2010 e pode ser o primeiro país em 28 anos a ficar ao menos em segundo em quatro edições consecutivas de um dos principais torneios de vôlei. A última equipe a sempre ficar entre as duas melhores equipes do mundo foi a União Soviética, que chegou a três finais entre 1978 e 1986, e havia ficado em segundo no Mundial de 1974, quando a fase final foi em pontos corridos - os soviéticos só venceram um destes quatro campeonatos.
Para chegar a mais uma final, os brasileiros precisaram passar por cima de uma série de polêmicas. Após nove vitórias em nove partidas nas duas primeiras fases do torneio, a seleção viu tudo estremecer na terceira fase.
Uma mudança de última hora no regulamento obrigou a equipe a mudar de cidade e a cair em um grupo da morte, ao lado de Polônia e Rússia. A vantagem de ter sido primeiro lugar na fase anterior desapareceu.
Na sequência, a derrota para os poloneses gerou efeitos colaterais graves para a campanha. O técnico Bernardinho e o capitão Bruninho não compareceram à entrevista coletiva pós-jogo - fato repetido na partida seguintes, na vitória sobre os russos - e abriram uma crise com a FIVB. A federação, no fim, puniu apenas o treinador, com duas multas de 500 dólares.
Ainda na partida contra os poloneses, o ponta Murilo, que não foi relacionado para o jogo por conta de uma lesão, atirou uma toalha contra um fiscal. Ele pode suspenso para a partida contra os franceses.
A França, aliás, é a principal surpresa do campeonato. A seleção europeia sofreu apenas duas derrotas em 11 partidas - uma para Itália e outra para a Polônia - e deixou outras equipes mais tradicionais, como EUA, Sérvia e os próprios italianos, para trás.
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