– Eles têm que parar é de roubar. É isso que tem que acontecer. Não é uma questão política, e sim de que eles têm que vir aqui e apitar o que eles estão vendo, o que tem que ser apitado de acordo com a regra. Eu quero que ele (árbitro) me mostre na regra onde foi a irregularidade do Manius com os dois pés no chão. Eu duvido que os nossos lances que eles marcaram irregularidades dariam contra um time mais tradicional e pesado do vôlei nacional – afirmou.
Procurado pelo GloboEsporte.com, o presidente da FMV, Carlos Antônio Rios, que também comanda a Confederação Brasileira de Arbitragem em Voleibol (Cobrav), contou que chamou o primeiro árbitro e o delegado da partida para explicarem o lance.
- Ambos fizeram relatório e a versão confere. Eles contam que o Manius estava no fundo e passou a bola para a quadra adversária, sendo que a mão dele estava acima do bordo da rede. Ele não saltou, mas ao esticar o braço, passou do limite. Esta ação é falta, que foi marcada pela arbitragem. Vou solicitar ao professor Maurício Bara que envie um relatório e, se tiver, as imagens do lance para que possam ser analisadas – explicou Carlos Antônio Rios.
– Existe um item no regulamento que neste período da Superliga podemos pedir para que os árbitros sejam de fora de Minas Gerais e precisamos fazer valer isso. Mas não vai mudar, sabe por quê? O chefe da arbitragem na CBV é o presidente da Federação Mineira. Só isso. São sempre os mesmos que vêm aqui... O Caçador, o Coutinho, eles roubam a gente e isso não pode ficar assim – afirmou o treinador, referindo-se diretamente aos árbitros Anderson Caçador e Luiz Henrique Coutinho.
Carlos Antônio Rios descartou a necessidade de escalar arbitragem neutra e ressaltou que existem erros de fato e de direito. No caso dos primeiros, erros de interpretação, não cabe recurso. No caso do segundo, pode até acarretar a anulação de um jogo. Segundo ele, nenhuma arbitragem vai para os jogos interessada em prejudicar quaisquer equipes em quadra. O presidente da FMV e da Cobrav discordou do teor das críticas feitas pelo diretor-técnico Maurício Bara e pelo treinador Chiquita.
As críticas do pós-jogo no Juiz de Fora, no entanto, não foram apenas para a arbitragem. Chiquita admitiu que o time voltou a cometer erros técnicos e que perdeu a vantagem de cinco pontos no terceiro set também na parte emocional.
– Tenho que fazer uma mea culpa pelo meu time também. Estávamos vencendo o jogo com cinco pontos de vantagem no terceiro set e voltamos a repetir os mesmos erros técnicos, as mesmas oscilações. O erro da arbitragem pesou e nosso time se abateu e se desequilibrou emocionalmente, mas não podemos repetir estes erros – completou.
Carlos Antônio Rios reforçou que respeita a carreira do técnico Chiquita e também o trabalho desenvolvido em Juiz de Fora, ao defender que não há intenção de privilegiar nenhum clube.
- A gente não tem intenção de prejudicar ninguém. Desde o início do projeto, a Federação foi parceira tanto do Juiz de Fora quanto do Montes Claros, que são projetos menos vultosos que Minas Tênis e Cruzeiro. A Federação sabe o quanto estes projetos são importantes para a cidade, para o estado e para a competição. Quanto ao Chiquita, eu o conheço, é um profissional pelo qual tenho todo respeito pelo trabalho que fez na carreira, mas não cabe a ele esta leviandade de duvidar da minha idoneidade. Nunca dei motivo para isso.
0 Comentários