Aos 45 anos, Fofão se prepara para encerrar a longa carreira dentro das quadras. Dani Lins, adversária da veterana levantadora na final da Superliga, pensa em repetir a longevidade de sua colega de posição para realizar o sonho de ser vista pelos filhos em ação.
"Mesmo com 45 anos, a Fofão continua jogando perfeitamente bem. Gostaria de chegar nessa idade, mas vamos ver se minhas costas vão permitir. Quero que meus filhos me vejam jogar. Meu sonho é ter uma família construída com o Sidão", disse Dani Lins, comprometida com o também jogador da Seleção Brasileira.
Fofão e Dani Lins serão adversárias na briga pelo título da Superliga, já que Rexona/Ades e Molico/Nestlé decidem o torneio às 10 horas (de Brasília) deste domingo, na Arena da Barra. Na final, a levantadora do time de Osasco prevê um duelo de alto nível.
"Jogar contra a Fofão vai ser um espetáculo à parte. Nós, levantadoras, temos uma grande responsabilidade, porque somos o coração do time. Precisamos pensar, sentir nossas companheiras, observar o bloqueio adversário. Terminamos os jogos mais cansadas psicologicamente do que no aspecto físico", descreveu.
Dani Lins deseja que seus filhos com Sidão tenham a oportunidade de vê-la em ação dentro da quadra
Depois de conquistar três medalhas olímpicas (bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000 e ouro em Pequim 2008), Fofão decidiu encerrar sua trajetória na Seleção Brasileira. Nos Jogos de Londres 2012, ela viu Dani Lins colaborar para manter a hegemonia da equipe nacional. Recentemente, elogiou a sucessora.
"É mais um incentivo para se esforçar nos treinamentos. Na Seleção, você precisa estar 100% ativa o tempo todo, porque não tem titular. Podemos ser titulares nos clubes, mas na Seleção é diferente. A ideia é treinar bastante para durar muitos anos, como a Fofão", disse Dani Lins.
Nesta temporada, a levantadora precisou superar dores nas costas e lesões para disputar mais uma final da Superliga. De acordo com o técnico Luizomar de Moura, Dani Lins foi fundamental para recolocar o time na decisão do torneio nacional após um ano de ausência.
"Historicamente, o vôlei feminino sempre foi muito dependente das levantadoras, tanto que poucas foram campeãs da Superliga. A Dani Lins comanda o time e é essencial para nossas pretensões. A final da Superliga ganha muito com ela e a Fofão, duas grandes levantadoras", afirmou o treinador.
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