Ágatha quase não disputa final da etapa da Copa do Mundo de Yokohama

A semifinal da etapa da Copa do Mundo de Yokohama, neste domingo, minou as últimas forças de Ágatha. Foram três sets nos quais as canadenses Bansley e Pavan só sacavam na parceira de Bárbara Seixas. Minutos antes, Ágatha chegou a cogitar desistir da final contra as alemãs Ludwig e Walkenhorst. Mas a dupla primeira colocada no ranking do Circuito Mundial entrou em quadra e não evitou a derrota por 21/14 e 21/17.

- Nessa final eu estava exausta. Na verdade, foi aumentando com o passar dos dias essa exaustão. Eu pensei em não jogar de tão cansada que eu saí da semifinal. Tirei o meu máximo. Foram três sets das meninas sacando em mim. E eu já comecei me sentindo mal, no limite. A Bárbara esteve comigo me ajudando. Conseguimos, ganhamos e fomos para a final. Mas eu não tinha mais energia para dar nesse jogo - disse Ágatha.  

Laura Ludwig final Copa do Mundo Yokohama Bárbara e Ágatha vôlei de praia (Foto: Masashi Hara/Getty Images para FIVB)


O velho clichê do esporte, no qual uma prata pode ter o mesmo significado de um ouro, pode ser usado sem desculpas em Yokohama pelas brasileiras.  

- A gente sempre joga para ganhar, mas só o fato de a gente ter conseguido chegar nessa final nas condições em que a gente estava, não estávamos conseguindo render o nosso 100% e ainda assim conseguir ganhar a medalha de prata foi muito para gente. Só a gente e a nossa equipe sabem o que passamos dentro da quadra. De certa forma essa prata tem gosto de ouro para gente - disse Bárbara.  

Bárbara Seixas final etapa Copa do Mundo Yokohama vôlei de praia (Foto: Masashi Hara/Getty Images para FIVB)


- Para quem assiste é uma prata. Mas para gente que estava lá dentro e sabia o que estava passando é um ouro. Infelizmente vocês não podem sentir o que a gente sente. Demos o nosso máximo até a última gota. Só faltou dar o sangue - disse Ágatha.


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