No começo deste ano, José Roberto Guimarães já elogiava Rosamaria Montibeller, 21, jovem oposta do Pinheiros que se destacava como uma das principais pontuadoras da Superliga.
Poucos meses depois, o técnico tricampeão olímpico precisou dela no Pan de Toronto. E jogadora catarinense correspondeu.
"Passa um filme na cabeça, daqueles que a gente sonha desde criança", diz Rosamaria à Folha, após a classificação para a final contra os Estados Unidos, neste sábado, às 21h30 (de Brasília). Na primeira fase, as brasileiras bateram as norte-americanas por 3 a 2.
Com passagens pelas categorias de base da seleção, Rosamaria é da mesma "Geração 1994″, liderada pela ponteira Gabi, titular do Rio e da seleção brasileira.
Mas esta é a primeira convocação da caçula da seleção para uma grande competição pela equipe principal.
"Tento não pensar que sou a mais nova ou que estou jogando ao lado de jogadoras que sou fã, como a Jaqueline e a Fê [Garay]", diz Rosamaria.
A oposta de 1,85 m e 76 kg começou os Jogos de Toronto como reserva. Mas entrou em todos as partidas de forma decisiva, muitas vezes sendo a principal responsável por viradas no placar.
Tal atitude já despertou olhares mais atentos dos torcedores, que gritavam seu nome na vitória de virada da semifinal sobre Porto Rico, e também de Zé Roberto. Inclusive em relação aos Jogos Olímpicos do Rio-2016.
"Elas tem que pensar na Olimpíada, sim. Aqui também já vale. Elas mostraram personalidade, caráter em jogos difíceis", avalia o treinador da seleção, que também cita Mari Paraíba como novata que se destacou neste Pan.
Na posição, o Brasil tem boas alternativas. Mas, com Sheilla, titular, poupada, com Tandara grávida, e com Monique na seleção que disputa o Grand Prix, nos EUA, apareceu a grande chance para Rosamaria provar seu valor.
"Eu quis muito estar aqui. Eu sou assim, quero assumir o jogo, quero ter responsabilidade, quero ganhar sempre", afirma Rosamaria. Sorte do Brasil.
Fonte: Folha de São Paulo
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