A conquista do bicampeonato mundial de clubes de vôlei masculino, na tarde deste sábado, foi comemorada pelos atletas do Sada/Cruzeiro. A exemplo do primeiro título, em 2013, o grupo enfrentou adversários russos no Ginásio Divino Braga, em Betim (MG), e levou a melhor na condição de anfitrião. A vitória sobre o Zenit Kazan por 3 sets a 1 fez o levantador William dedicar o caneco ao falecido pai.
"É mágico ganhar dois campeonatos mundiais", afirmou o jogador ao canal ESPN Brasil. "Preciso agradecer minha esposa, porque cuidar de duas crianças em casa não é fácil, a meu pai, que está lá em cima, ontem fez 19 anos que ele faleceu. A minha mãe, que é muito batalhadora, minha irmãs, a família em geral. Se hoje eu tenho essa oportunidade de estar ganhando isso é por causa deles. Não tenho como não pensar neles. O time merece, parabéns a todos pela entrega, pelo sacrifício, é um título incrível", completou.
Já o oposto Alan, revelação da base do Cruzeiro para a temporada agradeceu aos companheiros pelo apoio na condição de profissional. "O trabalho é duro, mas o grupo esteve sempre me ajudando ao máximo. Essa oportunidade é única", disse. Sem imaginar o quanto seria importante na reta final da equipe no Mundial, o jovem comenta: "Não tinha nem ideia, é muito boa essa sensação".
O ponteiro Filipe, outro jogador responsável por lidar com os bloqueios adversários, creditou sua forma mais ofensiva de jogar à própria vontade de levar mais um título. "O jeito como jogo é com minha alma, isso representa minha entrega nessa quadra. Obrigada aos dirigentes pela entrega, pelo jogo, bicampeonato é para poucos", contou.
Wallace, por sua vez, comemorou o título diante do atual campeão europeu de vôlei. "Isso é sensacional. Foi contra uma equipe contra quem não podíamos baixar a guarda em momento algum. Tanto que quando baixamos eles levaram. A vida segue, vamos comemorar bastante esse título. Não é qualquer dia que você consegue um bicampeonato mundial de clubes", brincou.
O oposto também comemorou a boa forma após a recuperação de uma cirurgia de hérnia de disco, realizada em agosto. Além disso, ele projeta estar no seu melhor nível para brigar pela convocação para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. "Eu tiro como parâmetro o time deles (Zenit) e vejo como jogar antes e depois da lesão. Acho que consigo viver assim até as Olimpíadas. Tenho tempo ainda e até lá espero estar cem por cento".
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