Rexona AdeS conquista vitória sobre o Brasília no tie break

Brasília x Rio de Janeiro, Superliga, 2016 (Foto: Felipe Costa/Ponto Marketing Esportivo)

Na véspera do confronto entre Brasília e Rio de Janeiro, o técnico da equipe carioca, Bernardinho, alertara para a mescla de experiência e juventude promovida pelo time do Distrito Federal. O experiente treinador parecia saber o que esperar na noite desta terça-feira, no Ginásio do Sesi de Taguatinga. Com Paula Pequeno, 34 anos, e Kasiely, 21, tendo uma noite de gala, o time candango por pouco não conseguiu arrancar uma vitória das cariocas, que precisaram salvar dois match points para vencer a partida por 3 sets a 2, parciais de 25/13, 26/28, 17/25 e 26/24, e 15/7. Foi a 15ª vitória do Rio de Janeiro nesta edição da Superliga, enquanto o Brasília amargou a nona derrota na competição.
Para a central Carol, eleita a melhor jogadora da partida, o desgaste do time, junto com a força do elenco do Rio de Janeiro, foram fundamentais para que o embate tivesse o desenrolar visto na capital federal.
- O nosso diferencial é sempre o conjunto. A gente vem de uma maratona de jogos, estamos um pouco desgastadas, o Brasília teve uma semana para nos estudar. Sabíamos que seria um jogo bom, apesar do primeiro set ter sido um pouco mais tranquilo, a equipe do Brasília está bem entrosada, jogando muito bem. O nosso diferencial foi o grupo - ponderou.
O Brasília não começou bem a partida. Nervosa, a equipe cometeu erros logo nos primeiros pontos do set. Alheio aos equívocos das donas da casa, as jogadoras do Rio de Janeiro tomara conta do primeiro set e não demoraram a abrir 6 a 0. Com o prejuízo no placar, o Brasília passou a variar mais os ataques, tentando encostar no marcador. As líderes da Superliga, entretanto, pareciam não se importar com o que vinha do outro lado da quadra. Mesmo com boas jogadas das brasilienses, as cariocas mantiveram a liderança do placar até o fim da parcial, vencida pelas visitantes por 25/13.
A pausa entre o primeiro e o segundo sets fez bem ao Brasília. Depois da parada, o time voltou à quadra com outra postura. Aguerrido, o time mostrou logo no primeiro ponto que não entregaria a partida sem oferecer resistência, após conseguir abrir vantagem depois de um eletrizante rally. Daí em diante, as equipes passaram a trocar pontos, com o Rio de Janeiro chegando a abrir 6 a 3. O Brasília conseguiu remar e chegou, por mais de uma vez, a estar apenas um ponto atrás no marcador, mas o Rio de Janeiro lutava para manter a dianteira. O cenário só mudou depois de uma passagem meteórica de Macris pelo saque. A levantadora do Brasília conseguiu um ace e um ponto de saque, empolgando as companheiras e a torcida. No segundo tempo técnico, o time da casa vencia por 16/14. Daí em diante, as duas equipes alternaram pontos, protagonizando rallies empolgantes, com o Brasília se apoiando principalmente na boa atuação das ponteiras Paula Pequeno e Kasiely. O time da casa precisou de quatro set points para fechar a parcial por 28/26, em 35 minutos de disputa.
A ponteira Natália se tornou um alvo fixo dos saques do Brasília desde o início do terceiro set. Visada, a jogadora passou a errar muitos passes, complicando a vida da levantadora Courtney Thompson. Aliado aos erros do Rio de Janeiro, as donas da casa contaram com um fator que mudou os rumos da partida na terceira parcial: a noite inspirada da dupla Paula Pequeno e Kasiely. As duas foram muito acionadas e não decepcionaram, virando bolas importantes e comandando a defesa, conquistando bloqueios que desnortearam o Rio de Janeiro. Além das duas, a central Vivian teve atuação de destaque, firme no bloqueio, ajudando as comandadas de Manu Arnaut. Apesar das tentativas de reação da equipe carioca, o Brasília manteve os nervos no lugar para fechar a parcial em 25/17, para delírio dos torcedores no Ginásio do Sesi de Taguatinga.
O quarto set foi disputado, literalmente, ponto a ponto. Empurrado pela torcida, o Brasília fazia se mantinha próximo do Rio de Janeiro. O time carioca chegou a estar dois pontos à frente no início da parcial, mas as donas da casa não tardaram a empatar o jogo em 6/6. A partir do 13º ponto, o equilíbrio passou a ser ainda maior. Com as duas equipes trocando pontos e não deixando as adversárias desgarrarem em momento algum, o Brasília conseguiu destoar levemente depois do segundo tempo técnico, quando chegou a ter 16/14 a seu favor. A pequena vantagem construída na reta final do set parecia ser suficiente para que as brasilienses chegassem à vitória. O resultado positivo ficou muito próximo, quando as donas da casa tinham 24/22 e o saque a favor. Mas o Rio de Janeiro mostrou que não está invicto há 15 partidas a toa. O time conseguiu manter os ânimos no lugar para anotar quatro pontos consecutivos e chegar a uma virada por 26/24, algo que parecia improvável apenas poucos minutos antes.
A derrota na quarta parcial com a partida praticamente sob controle abateu as jogadoras do Brasília. Os erros, que praticamente não foram vistos no restante do confronto, deram as caras no tiebreak. Alheias ao nervosismo das donas da casa, as jogadoras do Rio de Janeiro tomaram a liderança do placar logo no começo do quinto set. Para piorar a vida das brasilienses, Kasiely, que fazia grande partida, deixou a quadra sentindo dores no joelho. Em seu lugar, a ponteira Amanda entrou e virou bolas importantes, mantendo o Brasília vivo na partida. O Rio de Janeiro, entretanto, conseguiu brecar o ímpeto das brasilienses e fechou o quinto set em 15/7 e a partida em 3 sets a 2, chegando à 16ª vitória em 17 jogos na Superliga, o 15º triunfo consecutivo na competição.
O próximo compromisso do Brasília no torneio nacional é nesta sexta-feira, às 19h30, diante do Bauru, no Ginásio Panela de Pressão. O Rio de Janeiro, por sua vez, vai até a capital paulista onde enfrenta o Pinheiros, nesta quinta-feira.


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