Há um mês, Bruninho e Lucão levantavam a taça do Campeonato  Italiano. Àquela altura, os brasileiros, estrelas da seleção, sabiam que era a última conquista à  frente do Modena. O acerto com o Sesi-SP estava bem encaminhado e veio a se concretizar  na última semana - eles até se apresentaram ao clube nesta segunda-feira. Os  dias na Itália foram trocados pelo retorno à Superliga masculina de vôlei. Uma  decisão tomada tanto no lado pessoal - o levantador estava há três anos fora do  Brasil, e o central vai ser pai - quanto no lado financeiro.
- No Modena, ainda está indefinido o patrocínio, eles não  tinham certeza do que poderia acontecer na próxima temporada. Quando pintou a  proposta do Sesi, já falei com meu empresário: "Vamos trabalhar essa proposta  para eu voltar ao Sesi". Foi minha casa por dois anos, que foram bem legais.  Mas a primeira coisa que pesou foi o nascimento do meu filho. Sou muito apegado  na parte sentimental, e queria estar perto da minha esposa Beatriz - disse  Lucão, que se divide entre os treinos da seleção brasileira em Saquarema e os  preparativos finais para o nascimento de Théo.
Antes da temporada no Modena, Lucão defendeu o Sesi na  Superliga por dois anos. Bruninho, por outro lado, é a novidade do grupo, que  ainda conta com os medalhistas olímpicos Murilo, Sidão e Serginho.
- O que me atraiu foi um projeto como o do Sesi. Não queria  voltar para qualquer lugar. O lado pessoal também pesou. Três anos na Itália,  já estava sentindo falta do Brasil. O time teve problemas financeiros em  Modena, e não queria trocar de time na Itália, preferia voltar ao Brasil. Foi  uma escolha pensada. É uma grande alegria voltar a um projeto como esse - disse  Bruninho.
Com os reforços, o Sesi desponta com um favorito ao título  da Superliga 2016/17. Os dois jogadores têm uma parceria antiga, desde a  seleção de base de 2005. Eles já conquistaram a Superliga à frente do  Florianópolis.
- o Bruno era um sonho antigo do Sesi. Estou aqui desde o  início do projeto (em 2009) e sei que o nome dele sempre foi cogitado, mas  nunca dava certo. Agora deu certo. Os números falam por ele. Vem para  acrescentar muito. O Lucão já estava aqui na outra temporada. Vamos ter mais  uma chance de conquistar o título - disse Murilo.
Cruzeiro e Taubaté também são fortes candidatos ao próximo  título nacional. Outras equipes, porém, enfrentam dificuldades para se estruturarem.
- Sabemos da dificuldade neste ano de montar equipes  competitivas. Apenas seis equipes já confirmaram presença na Superliga, e isso  deixa todo mundo preocupado. Tem que ser muito bem pensado para conseguir fortalecer  a Superliga. A gente espera que tenha dez ou 12 equipes, que o campeonato seja  duro. Tem tudo a ver com o futuro do vôlei brasileiro - disse Lucão.
 
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