Um olhar mais pessimista, sem paciência, talvez quisesse adiantar o filme antes da hora. O início, é verdade, não foi nada bom. O ataque não entrava, o passe não encaixava, e o saque americano explodia no braço antes de a bola voar para longe. É preciso lembrar, porém, que ninguém ganha dois ouros olímpicos por sorte. Para se reerguer, é preciso ter calma. Foi assim, aos poucos, que o Brasil deixou de lado qualquer favoritismo que os Estados Unidos pudessem ter. Se as rivais foram tão soberanas nos últimos anos, a seleção busca o momento certo para estourar. E o primeiro passo foi dado. Numa reação brilhante em meio a uma partida dramática, deu forma ao sonho do tri ao conquistar seu 11º título do Grand Prix. Em 3 sets a 2, parciais 18/25, 25/17, 25/23, 22/25 e 15/9, fez o ginásio Huamark, em Bangcoc, explodir em festa diante da alegria brasileira.
- Estou muito orgulhoso, muito orgulhoso do meu time. Jogamos uma grande batalha, uma partida maravilhosa. No tie-break, qualquer um poderia ganhar, estou muito feliz. Mas precisamos pensar no Rio, porque a Olimpíada é mais importante que o Grand Prix - avaliou Zé Roberto Guimarães.
Capitã da seleção, Fabiana pôs a bola no chão 18 vezes e foi a maior pontuadora da final, seguida pela americana Akinradewo (16) e pela companheira Sheilla (14).
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