Serginho, o guardião do Lucarelli

O Brasil atropelou a Rússia e avançou para a quarta final consecutiva nos Jogos Olímpicos. Quem diria que o time jogou com um a menos na defesa e um a mais no ataque. Você talvez não tenha percebido, mas o líbero Serginho serviu como protetor ao ponta Lucarelli, que se recupera de uma lesão muscular na coxa esquerda.

"O Lucarelli jogou no sacrifício, mas quem tinha que fazer o sacrifício maior no nosso sistema de recepção seria eu. Foi o que eu falei para ele: 'Neguinho, o cara jogou a bola para o alto, você sai da quadra que eu vou passar'. Porque eu tinha que gastar um pouco mais do que ele por que a gente sabe que ele é importante, principalmente na fase de ataque, colocar essa bola na mão, deu certo", afirmou Serginho. "É melhor um erro meu do que um erro dele, porque ele precisa fazer as coisas bem."

Lucarelli confirmou que Serginho serviu como seu "guarda-costas" na vitória por 3 a 0. "Ele sabia da minha limitação hoje, sabia que eu não ia conseguir fazer movimentos muito longos, então, o tempo inteiro, quando ele sentia que eu ia receber o saque, ele tentava me ajudar, tentava diminuir o espaço para que eu não tivesse que andar muito", afirmou o ponta, que sentiu dores na partida. "Eu não estava conseguindo saltar para atacar, para bloquear, mas vale a pena."

Jogo fácil

Para Serginho, o Brasil não encontrou dificuldades para bater os russos por que entendeu como enfrentar o rival. "Quando a gente joga com a Rússia, não adianta medir forças, os caras são muito mais fortes, são maiores. A gente tem que ir no voleibol de rua, joga no bloqueio, pega de volta, e vai achando opções. Os caras de ataque foram excepcionais. Agora vamos descansar, lembrar que estamos numa final e ligar o estado de alerta."

Pressão na final

Como ganhar o ouro? Respeitando o adversário. Com a palavra, Serginho: "Acho que a gente tem que respeitar demais a Itália principalmente pelo que vem jogando, vem fazendo uma Olimpíada excelente, ganhou da gente aqui dentro. Mas a gente tem que por pressão também. A gente vai por pressão como colocamos pressão na Rússia e a gente tem grandes chances, mas a gente tem que saber que vai jogar contra uma grande equipe.



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