Em quadra, a parceria rendeu um ouro olímpico em 2004. À beira dela, Giovane Gávio tenta montar sua carreira de treinador aos moldes da construída por Bernardinho . A partir de agora, os dois unem forças em um projeto conjunto em solo carioca. Neste sábado, os treinadores apresentaram as equipes do Rio de Janeiro, maior vencedor do vôlei feminino, e do Sesc, novidade no masculino. A ideia, diante de um mercado inconstante, é dar solidez aos times da cidade em busca do topo.
Com Bernardinho à frente, o Rio de Janeiro está em sua vigésima temporada, com 11 títulos de Superliga. O Sesc, por sua vez, nasce com a missão de levar o vôlei carioca de volta à elite masculina, além de estimular o surgimento de jovens talentos. A equipe, com Giovane no comando, vai disputar a Superliga B, a partir de dezembro, em busca de uma vaga para a competição principal na próxima temporada. Com dois ouros olímpicos em quadra, o técnico conta com a ajuda de seu antigo mentor para tocar o projeto.
- O Bernardo é um espelho, uma referência. E a oportunidade de estar junto com ele para aprender é única. Nós temos dois grandes treinadores no Brasil. Temos mais também, mas duas referências, ele e o Zé Roberto. Ter a oportunidade de estar junto a ele é especial.
Neste sábado, o evento, que contou com a apresentação da jornalista Fernanda Gentil, lançou o projeto conjunto, simbolizado em uma partida amistosa com times mistos. Bernardinho festejou a união dos projetos em prol da força do vôlei carioca.
- Com essa força redobrada, ao lado do Sesc, vamos mais uma vez em busca de vitórias. Acima de tudo, uma boa participação, para que a gente possa inspirar as pessoas com nosso trabalho, dedicação.
Giovane, técnico da seleção sub-23, vai acumular os cargos – só assume o comando do Sesc após a disputa do Sul-Americano da categoria, neste mês. O treinador disse que já pegou dicas para a tarefa com Bernardinho, que também treina a seleção masculina – a negociação para sua permanência no próximo ciclo olímpico ainda está em andamento.
- Eu até falei com ele sobre isso, e ele disse que vai me ajudar.
Um dos pilares do Rio de Janeiro, Gabi festejou a união de projetos. Para a ponteira, é importante que a cidade consiga se fazer forte também no vôlei masculino.
- Para nós, é importantíssimo. Nós, como atletas, de uma forma geral, ficamos muito felizes em ver novas portas abrindo. Principalmente no masculino, que às vezes passa muita dificuldade, com jogadores sem emprego. E o legado que o Sesc traz. Para gente também, no feminino. É muito legal ver essa união, com nosso time na vigésima temporada. É um legado junto às crianças, servimos de inspiração a elas. Isso é muito importante socialmente também. Fico muito feliz de voltar a ter uma equipe masculina no Rio. Eu, que já estou aqui há cinco anos, me identifico muito com o Rio. Espero que cresça e se fortaleça cada vez mais.
A equipe do Sesc tem alguns nomes conhecidos, como o líbero Lucianinho, o central Tiago Barth e o levantador Everaldo, também capitão do time. Com passagens por diversos clubes do país, como Sesi-SP, Minas, Montes Claros e Volta Redonda, o jogador se diz animado em participar do projeto.
- Eu sou do Rio. Para mim, é espetacular. O projeto é grandioso. Nasce, mas já nasce grande. A expectativa para cada dia, cada temporada, vai ser cada vez maior. Estou feliz, muito orgulhoso de fazer parte desse início. É quando começa a dar a cara de quando vai ser, o que vai ser o time. E tem tudo envolvido, crianças, famílias. É sensacional para o esporte e para a vida.
O Sesc também planeja estender sua atuação para outros esportes. Depois de fortalecer o vôlei nesta temporada, há o projeto de novas equipes de handebol, judô, natação, remo e canoagem a partir de 2018.
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