A participação do Dentil/Praia Clube na temporada 2016/2017 da Superliga Feminina de vôlei, que começa nesta quinta-feira, promete fazer barulho. Atual vice-campeão, o time de Uberlândia foi o único dos grandes que conseguiu aumentar a receita em meio a uma fuga de investidores no esporte, fruto da crise que o país enfrenta.
O resultado pode ser a conquista de uma taça que Minas Gerais não consegue há 14 anos. A última equipe do estado a erguer o troféu do campeonato nacional foi o Minas Tênis Clube, na edição 2001/2002, ao bater o BCN/Osasco na decisão.
A estreia das comandadas de Ricardo Picinin acontece às 19h (de Brasília), contra o Renata Valinhos/Country, no Ginásio Pedro Ezequiel da Silva, em Valinhos (SP). Será o passo inicial da diretoria para buscar a melhor colocação do grupo em oito anos no torneio. O resultado pode ser a conquista de uma taça que Minas Gerais não consegue há 14 anos. A última equipe do estado a erguer o troféu do campeonato nacional foi o Minas Tênis Clube, na edição 2001/2002, ao bater o BCN/Osasco na decisão.
– O projeto começou em 2008 com simplicidade, mas evoluímos, com responsabilidade e trabalho. Considero que estamos entre as melhores equipes do Brasil – afirmou o gerente de vôlei do Praia, André Lelis, sem revelar números.
Um elenco de ponta chega a gastar até R$ 8 milhões por temporada, o que inclui pagamento de salários, taxas de competições e outras despesas. O problema é que, no contexto atual, todos precisaram apertar seus cintos. Menos o Praia Clube.
O Vôlei Nestlé e o Rexona-Sesc, únicas equipes campeãs nacionais na última década, sofreram cortes. A central Thaisa e a ponteira Natália foram para clubes do exterior. A primeira trocou Osasco pelo Eczacibasi (TUR), enquanto a segunda deixou o Rio para defender o Fenerbahçe (TUR).
Na contramão, os mineiros correram ao mercado para realizar um desejo antigo: trazer a central bicampeã olímpica Fabiana, que estava no Sesi-SP. O time paulista também sentiu a crise e terá um grupo sem estrelas para esta temporada.
– Por muitos anos, Rexona e Vôlei Nestlé foram as equipes com maior investimento. Mas trabalhamos duro, fortes e focados para buscar a vaga na final na temporada passada. Nós fomos merecedores – disse Picinin.
As demais titulares ficaram: a levantadora Claudinha, as ponteiras Alix e Michelle, a oposto Ramirez, a central Walewska e a líbero Tássia. Chegaram as ponteiras Ellen e Carla, e a levantadora Galon.
– Vamos trabalhar e brigar para estarmos nessa final e, quem sabe, buscar o título. Mas a competição é muito longa. Existem várias outras grandes equipes que também se reforçaram e acredito que a disputa será muito acirrada – avaliou o treinador.
Enquanto Minas vive o jejum de conquistas no feminino, o cenário é diferente entres os homens. O Sada/Cruzeiro faturou quatro dos últimos cinco títulos.
Fabiana curte 'beleza natural'
Principal reforço do Praia Clube para a Superliga, a central Fabiana mudou de vida ao sair de São Paulo para Uberlândia. Mineira de Belo Horizonte, ela está agora mais perto da família, e conta que a adaptação ao time foi rápida.
– O Praia tem uma beleza natural encantadora. Eles respiram atividade esportiva o dia inteiro. Tenho usufruído um pouco deste cenário tão rico. Nas horas vagas, também vou ao shopping – contou a atleta, que minimiza seu status de estrela.
– O grupo é muito competitivo. Mescla atletas promissoras com jogadoras mais experientes. Esta fusão de características tem tudo para dar certo. Vamos batalhar para alcançarmos os nossos objetivos na temporada.
Em outro jogo da primeira rodada, o Genter Vôlei Bauru encara o Camponesa/Minas nesta quinta, às 21h55, em Bauru (SP).
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