Tandara se reinventa e vira pit bull do Osasco na Superliga

Tandara é a maior pontuadora da Superliga e a segunda atacante mais eficiente (Foto: João Neto/Fotojump)

"Uh, uhu, a Tandara é pit bull!" A torcida do Osasco solta o grito para saudar a campeã olímpica jogo após jogo. Virou rotina. A ponteira mostrou força no ataque para se tornar a maior pontuadora da Superliga 2016/17 e guiar a equipe paulista à final contra o Rio de Janeiro neste domingo, às 10h, na Arena da Barra. Apenas um ano depois de sofrer com o corte da seleção brasileira antes da Olimpíada do Rio de Janeiro, a jogadora de 1,84m se reinventou para chegar ao auge. Uma avaliação do próprio José Roberto Guimarães que é aclamada pela torcida do Osasco.

- Eu gosto bastante (do apelido de pit bull). A torcida me abraça e me empurra a todo o momento. Eu concordo que estou no meu auge. Eu estava no auge também com o Zé Roberto no Campinas. Depois fui para o Praia Clube e comecei uma Superliga muito boa, mas engravidei. Então querendo ou não dá aquela abaixada. Ano passado foi a minha volta. Este ano foi de muita superação. Peguei desde o primeiro campeonato indo até o último com o Osasco, sem lesão, me cuidando. Então acredito que esteja no meu auge e estou muito feliz por isso - disse Tandara.

A fera de ataque do Osasco é a segunda atacante mais eficiente da Superliga, com 26,68% de aproveitamento, atrás apenas da americana Destinee Hooker, do Minas, que tem 27.92%. Tandara ainda é a melhor sacadora e a maior pontuadora da competição - ela tem 408 pontos, 344 em ataques, 37 em bloqueios e 27 aces.

As estatísticas da campeã olímpica impressionam nesta temporada, especialmente depois de Tandara ter dado à luz a menina Maria Clara no dia 13 de setembro de 2015. Ela demorou a recuperar a forma física e, por isso, acabou sendo cortada por Zé Roberto da lista dos Jogos do Rio de Janeiro.

- O corte na Olimpíada desencadeou muita coisa. Estava com uns problemas pessoais, aí veio o corte da seleção. Fiquei 40 dias longe da minha filha com a seleção. Tudo isso me afetou muito. Eu me superei por isso. Meu marido me ajudou muito, minha família me ajudou muito. Agora estou feliz, porque esta temporada está sendo de colher o que plantei. Eu me cuidei depois que engravidei, mas não foi o suficiente. Fiz o que eu pude. É paciência. Não me arrependo de nada que fiz. É bola para frente. Tenho muito a fazer ainda. Estou olhando para frente.


Pela frente Tandara tem a final da Superliga contra o Rio de Janeiro. Como sempre, a campeã olímpica espera ser bem marcada, mas tem cartas na manga para continuar liderando o ataque do Osasco.

- Fui muito bem marcada nessa temporada. O ataque é meu melhor fundamento. Eu tenho que me superar a cada jogo devido às marcações em quadra. Eu tenho que me reinventar a todo jogo. Vamos trabalhar muito pelo título. Não ganhamos nada ainda. Temos de se superar primeiro, superar os nossos desafios, superar os nossos erros principalmente para que a gente conquiste esse título.

Incentivo não vai faltar para Tandara levantar a taça. A pequena Maria Clara vai estar na arquibancada da Arena da Barra para empurrar a mãe.

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