Como o 'vôlei adaptado' mudou a vida de mulheres na terceira idade


A maioria nunca havia praticado o esporte e descobriu a atividade ao acaso
 
Em Itatiba (SP), Dalva, Maria do Socorro, Tecla e Regina se reúnem todas as terças e quintas pontualmente. Ela e suas companheiras têm um encontro marcado toda semana na quadra para treinar na equipe de vôlei para idosos da cidade.

A maioria delas nunca havia praticado esporte e descobriu a atividade ao acaso. O vôlei adaptado é um pouco diferente do tradicional, tem a bola mais murcha e permite às jogadoras segurá-la antes de jogar.

Na primeira competição que disputaram, elas perderam de 15 a 0 e 15 a 1. "Elas fugiam da bola, desviavam. Eram meninas que nunca tinham jogado, então tinham medo", afirmou Tecla Mantovanelli Jorenti, que iniciou o projeto como técnica e hoje atua também na equipe.
Foi ela própria quem insistiu para que continuassem. Hoje, a equipe de Itatiba tem duas medalhas de prata e uma de ouro nos Jogos Regionais do Idoso.

"Muitas delas, a autoestima era baixa. Ou perderam o marido, ou perderam filhos. Aí vindo pra cá ficaram mais sociáveis. A socialização é um grande benefício dentro do vôlei."

Agora, ninguém pensa em parar de jogar. Maria do Socorro, por exemplo, sofre de atrite, mas enfrenta as dores. "Já saí de braço aqui, com Helder me carregando e fui para o UPA, porque eu não conseguia dar um passo. Eu iria morrer na quadra, mas eu não largaria."


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